Mulheres recebem 10% dos direitos autorais distribuídos no Brasil, diz UBC
No entanto, cadastro de fonogramas com mulheres como produtoras tem crescido

Foto: Reprodução/Pixabay
O estudo “Por Elas Que Fazem a Música”, realizado pela União Brasileira de Compositores (UBC), mostra que o total de direitos autorais distribuídos para as mulheres compositoras em 2022 cresceu muito pouco em relação ao ano de 2021, se comparado ao valor destinado aos homens. Segundo o levantamento, as mulheres representaram apenas 10% dos direitos autorais distribuídos no Brasil no ano passado. A informação é da CNN.
Porém, a pesquisa revelou que em comparação ao total arrecadado no exterior, as mulheres brasileiras tiveram um bom crescimento, chegando a receber 17% desse valor em 2022. Além disso, uma quantidade expressiva de obras e fonogramas com participação feminina foi cadastrada no último ano. Dentro desse total, entre 2021 e 2022, o crescimento com maior destaque foi o de cadastro de fonogramas com mulheres como produtoras fonográficas, chegando a aumentar 17%.
“Ser mulher e negra no Brasil é complexo. E nesse mercado fonográfico, quando ainda existe um pouco de meritocracia, diferente dos outros setores da sociedade, tem sido possível, em alguns casos, nos dedicarmos e vivermos daquilo que amamos: a música. Particularmente tive ótimos parceiros e portas abertas. Mas também recebi e recebo inúmeros nãos, como sabemos, que é a realidade de todos, com uma mão que ainda pesa um pouco mais pra raça e gênero”, disse a cantora, compositora e diretora da UBC, Paula Lima.