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Mundo fica 1,4°C mais quente em 2023 e bate recorde

Dados são do relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM) divulgado nesta quinta-feira (30)

Por Da Redação
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Mundo fica 1,4°C mais quente em 2023 e bate recorde

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) lançou um alerta durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28), revelando que 2023 está a caminho de se tornar o ano mais quente já registrado, superando os níveis pré-industriais em 1,4 °C. Este aumento, superior ao recorde anterior de 2016, com 1,2 °C, intensifica a urgência dos líderes mundiais na busca por soluções climáticas.

O relatório provisório da OMM sobre o Estado do Clima Global aponta para uma "cacofonia ensurdecedora" de recordes climáticos, incluindo níveis inéditos de gases de efeito estufa, temperaturas globais, aumento do nível do mar e redução recorde no gelo marinho da Antártica. O secretário-geral da OMM, Peterri Taalas, destacou que a situação demanda ação imediata.

Apesar dos dados alarmantes, o relatório não sugere que o mundo esteja à beira de ultrapassar o limite crítico de aquecimento de longo prazo de 1,5 °C, estabelecido pelo Acordo de Paris de 2015. No entanto, enfatiza a necessidade de manter o atual nível de aquecimento por um período prolongado para evitar consequências catastróficas.

O ano de 2023 já ofereceu uma visão sombria do que poderia resultar ao ultrapassar permanentemente 1,5 °C. Registros mostram que o gelo marinho da Antártica atingiu sua menor extensão máxima no inverno, as geleiras suíças perderam 10% de seu volume nos últimos dois anos, e incêndios florestais devastaram cerca de 5% das florestas do Canadá.

A mudança climática, alimentada pela queima de combustíveis fósseis e amplificada pelo padrão climático natural do El Niño no Pacífico Oriental, empurrou o mundo para um território de recordes em 2023. Cientistas alertam que o próximo ano pode ser ainda mais desafiador, pois os impactos do El Niño provavelmente atingirão o pico, resultando em temperaturas ainda mais elevadas em 2024. O relatório da OMM destaca a urgência de ações globais concretas na COP28 para conter os efeitos adversos das mudanças climáticas.

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