Mundo poderá enfrentar recessão em 2023, diz estudo
O levantamento foi realizado pelo Centro de Pesquisa Econômica e Empresarial (CEBR, na sigla em inglês)

Foto: Reprodução/Agência Brasil
Com os custos elevados dos empréstimos destinados a combater a inflação, o mundo poderá enfrentar uma recessão em 2023, segundo um estudo realizado pelo Centro de Pesquisa Econômica e Empresarial (CEBR, na sigla em inglês).
Apesar da projeção de contração em algumas das principais economias do mundo, como os Estados Unidos e diversos países da Europa, a inflação seguirá sendo uma ameaça no ano que vem, afirmou a pesquisa.
“É provável que a economia mundial enfrente uma recessão no próximo ano, como resultado dos aumentos nas taxas de juros em resposta à inflação mais alta”, afirmou o diretor e chefe de previsões do CEBR, Kay Daniel Neufeld.
Como destacou o relatório da instituição, “a batalha contra a inflação ainda não está ganha”. “Esperamos que os Bancos Centrais mantenham suas armas em 2023, apesar dos custos econômicos. O custo de reduzir a inflação para níveis mais confortáveis é uma perspectiva de crescimento mais pobre para os próximos anos”, diz o estudo do CEBR.
Em outubro, o órgão havia projetado contração de mais de um terço da economia mundial em 2023 e 25% de chances de o PIB global crescer menos de 2% no próximo ano. A análise do CEBR é feita com base nas Perspectivas Econômicas Mundiais do FMI, seguindo um modelo interno para projetar o crescimento econômico, a inflação e as taxas de câmbio.
Conforme o instituto, a economia global ultrapassou US$ 100 trilhões (R$ 518,6 trilhões) pela primeira vez em 2022, montante que não será suficiente para evitar a estagnação ou mesmo a recessão no ano que vem.


