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"Munição do Bope acabou em duas horas na operação" no Alemão, diz PM

Durante operação 19 pessoas morreram

Por Da Redação
Ás

"Munição do Bope acabou em duas horas na operação" no Alemão, diz PM

Foto: Rafael Campos/Governo do Rio de Janeiro

O porta-voz da Polícia Militar, o tenente-coronel Ivan Blaz, afirmou, nesta sexta-feira (22), que munição usada por agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope), a polícia elite da corporação, acabou nas duas primeiras horas de confronto. O tiroteio, durante a operação, durou mais de 13 horas e resultou na morte de 19 pessoas

“Está cada vez mais claro que a entrada de armas é a variável que mais impacta na realidade do Rio de Janeiro. Ontem, por volta das 7h30, a munição do Bope já havia sido totalmente consumida dada a intensidade do confronto armado que se deu no Complexo do Alemão.”, disse o tenente-coronel Ivan Blaz ao Bom dia Rio, da TV Globo.

As imagens que circulam nas redes sociais mostram becos da favela com munições espalhadas pelo chão, além dos mortos alvejados.

“Precisamos entender que operações como essa representam enxugar gelo. Mas é fundamental que tenhamos alguém para enxugar esse gelo, porque se não a sociedade vai morrer afogada”, afirmou sobre a operação.

Segundo Blaz, os criminosos da maior facção criminosa, que atua no Complexo do Alemão, estaria se expandido e avançando. “Temos observado um constante avanço dessa quadrilha. Ela que insiste em investir em arma de fogo, em colocar uma juventude pobre favelada com armas na mão para sustentar fogo. Eles não podem fugir do confronto com a polícia, se não a quadrilha vai matá-los. Eles sacrificam essa juventude da favela para poder garantir a proteção de suas vidas e liberdade.”, disse.

O porta-voz aponta o armamento vindo de fora do país como a “variável que mais impacta” o estado. Mas, destacou que as ações tem sido em conjunto com “o governo federal, porém é recente”. 

“Na rua só tinha criminosos e policiais em confronto. Por isso tivemos ali uma operação que não resultou no ferimento de moradores. Exceto a dona Leticia que estava do lado de fora e que esse caso será apurado. Hoje, precisa entender como realizar essas ações de formas rotineiras. Precisamos ter acesso mais constante a comunidades que se entendem encasteladas, feudos impenetráveis pelo estado para que possamos evitar que elas se reforcem rotineiramente”, concluiu. 

Saiba mais: Bolsonaro diz que ligou para irmã de PM morto em operação no Rio.

 

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