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Museu de New York estuda remover mais de 12 mil restos humanos de exibição pública após polêmicas

Decisão acontece após local passar a enfrentar questões sobre a legalidade e a ética das suas aquisições

Por Da Redação
Ás

Museu de New York estuda remover mais de 12 mil restos humanos de exibição pública após polêmicas

Foto: Captain-tucker

O Museu Americano de História Nacional, localizado na cidade de New York, nos Estados Unidos, disse estar analisando a possibilidade de retirar de exposição cerca de 12 mil restos mortais de humanos, após o local passar a enfrentar questões sobre a legalidade e a ética das suas aquisições.

Grande parte do material foi coletado de povos indígenas e escravizados retirados de seus túmulos. No museu, também há corpos de nova-iorquinos que morreram até a década de 1940.

Além da retirada dos restos mortais, a direção do museu quer que os antropólogos passem mais tempo estudando a coleção para determinar as origens e identidades dos materiais. Além disso, o local deverá passar por melhorias em sua infraestrutura.

Presidente do museu desde abril, Sean M. Decatur diz que descobrir o que exatamente o museu guarda é importante para o futuro da instituição. "Descobrir as respostas para exatamente o que temos aqui e como descrevê-lo da forma mais completa possível é algo importante para seguirmos em frente", afirmou.

O esforço, que foi comunicado aos funcionários esta semana, acontece em um momento em que os museus de história natural estão sendo cada vez mais questionados sobre a posse de restos humanos adquiridos anteriormente em nome de teorias científicas desacreditadas, como a eugenia, e que envolviam a coleta de corpos sem o consentimento das pessoas para se tornarem propriedade institucional.

“A coleta de restos mortais foi possível devido a desequilíbrios extremos de poder. Além disso, muitos investigadores nos séculos 19 e 20 usaram essas colecções para promover agendas científicas profundamente falhas, enraizadas na supremacia branca – nomeadamente a identificação de diferenças físicas que poderiam reforçar modelos de hierarquia racial”, disse Decatur à equipe em uma carta.

A coleção do museu de Nova York inclui os restos mortais de 2.200 nativos americanos, que devem ser devolvidos aos seus descendentes de acordo com uma lei federal vigente há mais de 30 anos. Até o momento, o museu já repatriou os restos mortais de 1.000 pessoas em conformidade com essa lei, mas tem recebido críticas pela demora na investigação da filiação tribal de outras pessoas. Atualmente, o trabalho é realizado por três pessoas, mas Decatur afirma que está direcionando mais recursos para essa área.

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