Museu do Holocausto de Curitiba critica atividade escolar com símbolos nazistas
A atividade controversa foi registrada em uma publicação no Instagram do Colégio Estadual Cívico-Militar Marquês de Caravelas

Foto: Reprodução
O Museu do Holocausto de Curitiba e criticou a atividade escolar realizada por uma professora de história de um colégio estadual em Arapongas, no norte do estado do Paraná. Nesta atividade, jovens vestiam roupas pretas e estavam ao lado de um manequim com um bigode, fazendo alusão à imagem de Adolf Hitler. O museu divulgou uma nota, postada em uma rede social, na segunda-feira (9), na qual expressa sua preocupação, alegando que a atividade "relativiza os crimes nazistas" e afirmando que "o uso de simbologia tal como feito leva a um fascínio pelo nazismo".
A atividade controversa foi registrada em uma publicação no Instagram do Colégio Estadual Cívico-Militar Marquês de Caravelas, na qual alunos do 3° ano do ensino médio aparecem ao lado do manequim com um bigode que remete à figura de Hitler. O projeto incluía atividades como uma entrevista com Relinda Kronm Remberg, filha de um soldado nazista e moradora de Rôlandia (PR). A Secretaria de Educação do Paraná (Seed) iniciou um procedimento de "averiguação urgente" para investigar a possibilidade de apologia ao nazismo. A professora responsável pelo projeto, Ana Paula Giocondo, que leciona história no colégio, apagou a publicação do perfil da instituição de ensino após as polêmicas.
Em resposta, a Secretaria de Educação do Paraná enfatizou que "a apologia a quaisquer doutrinas, partidos, ideologias e demais referências ao nazismo são veementemente intoleradas em qualquer escola da rede estadual, sendo a situação relatada em Arapongas encarada com extrema gravidade".