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Salvador

Sindicato dos Rodoviários diz que banco de horas não se caracteriza como assédio

Banco de horas ilegal é uma das denuncias apontadas pela categoria ao Farol da Bahia

Por Da Redação
Ás

Atualizado
Sindicato dos Rodoviários diz que banco de horas não se caracteriza como assédio

Foto: Farol da Bahia

Depois da publicação feita pelo Farol da Bahia, sobre as dificuldades passadas pelos rodoviários do município de Salvador, a reportagem entrou em contato com o sindicato responsável por representá-los, atualmente presidido pelo vereador Hélio Ferreira (PCdoB). Questionado sobre a lista apontada pela categoria como assédio, incluindo o banco de horas, Hélio informou que o assunto relacionado as horas são relativos a convenção coletiva de campanha salarial. "Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Isso não se caracteriza como assédio", disse. 

Segundo Hélio, o sindicato entende como assédio os excessos de punições que os trabalhadores têm sofrido pelas empresas de ônibus. "As empresas tiram os trabalhadores de escala sem apurar primeiro a falta deles. Além disso, qualquer situação de avaria dos veículos também são cobrados deles. Dão advertência e suspensão, e para nós isso é um ato de assédio", explicou. 

"O assédio vem de duas partes: de tirar o trabalhador da escala sem devidamente apurar essa falta e depois de punir em duplicidade pela mesma situação, onde além de cobrar financeiramente, ainda dá advertência", afirmou. 

A reportagem questionou o que o sindicato tem feito desde a paralisação cumprida no fim de abril. Segundo Hélio, o grupo tem colhido assinaturas dos trabalhadores para abrir um processo contra as empresas. "Já conseguimos mais de 50% e queremos ver se atinge próximo de 100% para fazermos essa ação coletiva. A nossa grande preocupação hoje é com a saúde mental dos trabalhadores. Eles transportam vidas e não podem estar com a saúde mental afetada porque pode acontecer um acidente grave", pontuou. 

Hélio ainda apontou as reivindicações do grupo sindical, entre elas unidades de atendimento psicológico ao rodoviário nos terminais ou garagens das empresas de transportes. 

"As empresas fornecem um plano de saúde aos rodoviários, mas isso não é suficiente. O que a gente quer é que o trabalhador tenha atendimento psicológico nas suas próprias unidades para que tenham uma espécie de desabafo de toda essa situação que estão passando. É muita pressão do trânsito, já que são quase 2 milhões de carros na cidade, e ainda tem a pressão psicológica interna com os assédios. Tudo isso afeta a saúde deles. Ainda não temos problemas, mas estamos agindo precocemente para evitar o pior", disse. 

"O nosso objetivo é que as empresas mudem e melhorem essa forma de conduzir o tratamento os trabalhadores, que precisam estar bem para atender a população.", concluiu.

O Farol da Bahia entrou em contato com o Ministério Público do Trabalho (MPT) para questionar o número de denúncias recebidas e se tem feito fiscalização sobre o trabalho da categoria. Segundo o órgão, somente uma denúncia foi apresentada contra a OT Trans e está em fase inicial de apuração.

Em relação a fiscalização, o MPT esclareceu que o órgão eminentemente de fiscalização é o Ministério do Trabalho e Emprego, por meio da Superintendência Regional do Trabalho. "Aqui cuidamos da Justiça do Trabalho, promovemos ações judiciais e extrajudiciais para corrigir irregularidades, combater ações ilegal de empregadores, organizações da sociedade civil e até órgãos públicos. Nossas ações de campo são feitas apenas dentro de inquéritos". A reportagem também entrou em contato com a Superintendência Regional do Trabalho, mas não obteve uma resposta sobre as fiscalizações. 

Leia amanhã: Especialista diz que falta de inclusão da população nas discussões do transporte público pode ser um ‘grande problema’ para o setor

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