“Não concordo em nada com Fachin”, diz Bolsonaro após decisão sobre armas
Para justificar a resolução, publicada na segunda-feira (5), o magistrado citou o “risco de violência política”
Foto: Marcos Corrêa/PR
O presidente Jair Bolsonaro (PL), demonstrou insatisfação, nesta terça-feira (6), diante da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin de suspender trechos de decretos presidenciais que flexibilizavam a aquisição de armas e munições por cidadãos comuns.
Para justificar a resolução, divulgada na segunda-feira (5), o magistrado citou o “risco de violência política”. Em seguida, o Chefe de Estado foi às redes sociais e falou sobre “ações autoritárias” de “verdadeiros tiranos”. Ele não citou Fachin na publicação.
Nesta terça, em entrevista à Jovem Pan, o presidente citou Fachin nominalmente e afirmou que a decisão será revista após as eleições:
“Zero. Não concordo em nada com senhor Fachin. E peço que quem está assistindo acredite em mim. Acabando as eleições, a gente resolve a questão dos decretos em uma semana. Todo mundo tem que jogar dentro das quatro linhas da Constituição. Encerrou por aqui o assunto dos decretos. Acabando as eleições, eu sendo reeleito, a gente resolve esse problema e outros problemas. Pode ter certeza disso. Todos têm que jogar nas quatro linhas da nossa Constituição.”
Ainda de acordo com Bolsonaro, a justificativa do ministro do STF não é válida, já que “inventaram a violência política” para “dar canetada”.
“A questão das armas. ‘Violência política?’ O que é isso? Inventaram para dar canetada e não ter mais armas no Brasil. Todas as ditaduras foram precedidas por campanha desarmamentista”, concluiu.