“Não estou de forma alguma tolerando o que ele fez”, diz irmão do suspeito de atropelamento em Nova Orleans
Abdur e seu pai, Rahim, disseram que nunca viram nele, sinais de alguém que foi radicalizado e que tramava um plano mortal
Foto: FBI
Familiares do suspeito do acidente (foto de capa) que matou 14 pessoas em Nova Orleans afirmaram que o homem que eles conheciam é diferente daquele que dirigiu uma caminhonete contra uma multidão na Bourbon Street.
“Ele era muito bem-humorado, lento para a raiva, gentil e de fala mansa”, relembrou Abdur Jabbar, de 24 anos, sobre o irmão, Shamsud-Din Jabbar, 42. “É por isso que é tão inacreditável que ele fosse capaz de algo assim.”
O irmão aborda que ainda vê Jabbar como gentil e compassivo, apesar do atropelamento.
“Não estou de forma alguma tolerando o que ele fez. O que ele fez não foi certo”, ressaltou. “Mas ainda há uma linha entre o que ele fez e o ser humano e irmão que era para mim.”
Entenda o caso
De acordo com autoridades, um homem “desesperado para provocar um massacre” dirigiu uma caminhonete a toda velocidade contra uma multidão que comemorava o Ano Novo em Nova Orleans na última quarta-feira (1º). O crime ocorreu por volta das 3h15, horário local (06h15 no horário de Brasília), o coração do famoso French Quarter desta cidade dos Estados Unidos, que estava lotada de pessoas comemorando a chegada de 2025.
Conforme a polícia. “Este homem, o perpetrador, atirou em nossos policiais quando bateu. Dois policiais foram baleados. Eles estão estáveis”, disse a superintendente da polícia Anne Kirkpatrick em entrevista coletiva, garantindo que o agressor “tentou atropelar a maior quantidade de pessoas possível”.
“Ele estava determinado a provocar o massacre e os danos que causou”, acrescentou. O FBI, que assumiu o comando operacional das investigações, indicou que o incidente está sendo analisado como um possível ato terrorista e confirmou a morte do agressor.
Leia também: Agências estadunidenses temem que atropelamento em Nova Orleans motive outros ataques