Não foram detectadas anormalidades em usinas nucleares após terremoto no Japão, dizem autoridades
Foi registrado na segunda (1°) um abalo de magnitude 7,6 na província de Ishikawa
Foto: Aiea/Petr Pavlicek
A Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) informou que está em comunicação direta com a Autoridade de Regulação Nuclear do Japão (NRA) após o terremoto de magnitude 7,6 na escala Richter, ocorrido na segunda-feira (1°), na província de Ishikawa. A NRA, até o momento, não reportou anomalias nas usinas nucleares da região e afirma que continuará monitorando a situação.
O incidente de segunda-feira resultou em aproximadamente 48 mortes, de acordo com estimativas. O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, alertou para uma "corrida contra o tempo" das equipes de resgate, que trabalham intensamente para socorrer sobreviventes que podem ter ficado presos sob os escombros.
Centenas de edifícios foram destruídos pelos tremores e incêndios subsequentes. O chefe da Agência da ONU para Refugiados (Acnur), Filippo Grandi, expressou solidariedade às famílias afetadas e às equipes de resgate, ressaltando o momento de apoio ao povo japonês.
Ordens de evacuação
Autoridades japonesas tomaram medidas, suspendendo a operação da maioria dos serviços ferroviários, ferries e voos para a Península de Noto, a área mais impactada pelo terremoto. A região recebeu destacamento de mil membros das Forças de Autodefesa do Japão, com cerca de 8,5 mil em prontidão, incluindo aproximadamente 20 aeronaves na avaliação preliminar.
A Agência Meteorológica do Japão suspendeu todos os avisos de tsunami emitidos após o terremoto principal. Enquanto a avaliação do desastre está em andamento, estima-se que mais de 51 mil pessoas receberam ordens de evacuação, sendo pelo menos mil abrigadas na base da Força Aérea de Autodefesa do Japão, na cidade de Wajima.