Política

Número de acidentes de trânsito registra queda comparado com 2022

O percentual de mortes no trânsito porém, cresce há três anos seguidos

Por Da Redação
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Número de acidentes de trânsito registra queda comparado com 2022

Foto: Divulgação/ Sociedade Brasileira de Trauma Ortopédico

O número de mortes por acidentes de trânsito teve uma queda comparado com o ano passado. Segundo o Ministério da Saúde, os números de acidentes em 2023 até outubro deste ano resultaram em 10.060 vítimas fatais. No ano passado, foram 31.174 mortes.

Os últimos dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, mostram que entre 2019 e 2021, a quantidade de mortes no trânsito teve aumento de 5,84%. O percentual cresce há três anos seguidos. Em 2019 foram registradas 31.945 mortes, em 2021, 33.813 pessoas perderam a vida no trânsito brasileiro.

O presidente da Sociedade Brasileira de Trauma Ortopédico (TRAUMA), José Octavio Soares Hungria, ressalta que as mortes decorrentes de acidentes de trânsito estão entre as principais causas de óbitos no país e, quando as vítimas sobrevivem, em muitos casos, sequelas impactam por toda a vida.

“O politraumatismo – quando duas ou mais partes do corpo são lesionadas gravemente - é muito comum em acidentes de trânsito e essa situação leva a pessoa a uma condição de esgotamento da capacidade fisiológica de equilíbrio orgânico, o que pode resultar em óbito”, explica o presidente. “Após sofrer politraumatismo, recuperar-se totalmente é muito difícil, pois, geralmente, um acidente de grande impacto deixa sequelas, as quais limitará a vítima por toda a vida”, completa.

O especialista ainda ressalta que as lesões causadas por acidentes de trânsito acarretam não só danos físicos, mas também emocionais e econômicos. “O custo do cuidado médico prolongado, a perda de um membro que sustenta a família ou os custos adicionais necessários para cuidar de pessoas incapacitadas impactam significativamente a família, tanto emocionalmente, como a renda do lar”, diz Hungria.

“Promover campanhas que reforcem, constantemente, os prejuízos desse cenário; implementar projetos que contribuam para uma relação mais harmoniosa entre motoristas, motociclistas, pedestres e ciclistas; e a ação responsável de cada personagem que compõe esse cenário, são questões essenciais para reverter esse triste cenário, que já ceifou tantas vidas”, conclui.

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