Uma a cada 10 pessoas vive em extrema pobreza na Bahia
Dados do IBGE apontam que mais da metade dos baianos são considerados pobres
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Em 2022, mais de 50% da população na Bahia foi considerada pobre e uma a cada 10 pessoas enfrentou condições de pobreza extrema. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A partir do ano passado, considerou-se pobre a pessoa cuja renda domiciliar per capita diária estava abaixo de US$ 6,85 em poder de paridade de compra. A linha antiga considerava o valor de US$ 5,50. Com isso, na Bahia, a linha da pobreza, que corresponderia a uma renda domiciliar per capita mensal de R$ 527 no valor antigo, passou a ser de R$ 637 por pessoa.
Em 2022, 7,590 milhões de baianos viviam abaixo da linha de pobreza, representando 50,5% da população do estado. Esse número posiciona a Bahia como o segundo estado com o maior contingente de pessoas em situação de pobreza no país, ficando atrás apenas de São Paulo. Proporcionalmente, a Bahia ocupa a oitava posição entre os estados com maior percentual de população pobre.
Considerando-se a atual linha de pobreza, a proporção de pessoas que vivem em situação de pobreza na Bahia caiu após ter chegado ao seu maior índice (55,8%) em 2021. Porém, está acima de 2020, quando esse indicador chegou ao seu mínimo (46,6%).
Salvador também apresentou uma queda nos índices de pobreza em 2022, com 36,9% da população vivendo nessa condição, em comparação com os 40,3% registrados no ano anterior. A cidade ocupa a oitava posição entre as capitais com maior índice de pobreza.
Quanto à extrema pobreza, a Bahia se destaca como o estado com o maior contingente, abrigando 1,791 milhão de pessoas nessa condição, representando 11,9% do total. Salvador, com 289 mil pessoas em situação de pobreza extrema, tem a segunda maior taxa entre as capitais do Brasil.
É importante ressaltar que, apesar dos números expressivos, houve uma redução nos índices de extrema pobreza em comparação com o ano anterior, seguindo a tendência nacional. No entanto, a Bahia mantém o terceiro maior índice (22,2%) de população em extrema pobreza sem benefícios de programas sociais governamentais, evidenciando a necessidade de medidas para mitigar essa realidade.