"Não vou entrar em briga de Bolsonaro com Lula”, diz relator da reforma tributária
Aguinaldo Ribeiro afirmou que a reforma é em benefício do Brasil e não se envolverá em conflitos políticos
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil | TV Brasil
Durante um evento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) em Brasília, o relator da reforma tributária na Câmara dos Deputados, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), afirmou nesta terça-feira (4) que não entrará na disputa entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a tramitação da matéria no Congresso Nacional.
A declaração de Aguinaldo foi feita em resposta a uma ação promovida pela CNM, na qual cerca de 500 prefeitos estarão envolvidos para debater a reforma tributária.
Durante o evento, Ribeiro enfatizou que a reforma "não é uma questão partidária", mas sim uma iniciativa em prol do Brasil. Essa afirmação ocorreu horas após Bolsonaro declarar que a bancada do PL votará "pela rejeição total" da proposta. A votação do texto está prevista para ocorrer na Câmara dos Deputados até sexta-feira (7/7).
"Esta não é uma reforma de direita, esquerda ou centro. Esta é uma reforma do Brasil. Eu não vou me envolver em brigas entre Bolsonaro e Lula, nem com ninguém. Estamos pensando nos municípios, nos estados e na economia do nosso país", afirmou Ribeiro.
Ao final do evento, o relator ressaltou que ainda não há consenso sobre todas as demandas apresentadas pelos prefeitos. Além do evento da CNM, prefeitos que fazem parte da Frente Nacional dos Prefeitos (FNM) realizam uma manifestação em Brasília nesta tarde para defender uma reforma tributária "mais igualitária".
Também nesta terça-feira, governadores de oito estados estão debatendo a proposta em um evento na capital federal. Os gestores estaduais e municipais temem que as alterações nos impostos estaduais e municipais resultem em perda de arrecadação, causando prejuízos aos cofres públicos.
A reforma em pauta inclui a criação de um único imposto sobre o consumo, conhecido como Imposto de Valor Agregado (IVA) dual, que substituirá cinco tributos existentes.