Naufrágio em Mar Grande será julgado nesta quinta (20) quando tragédia se aproxima de completar três anos
Na ocasião, 20 pessoas morreram na tragédia, sendo 19 no dia do acidente e outra depois de dois anos
Foto: Alberto Maraux / SSP
O julgamento do naufrágio da lancha Cavalo Marinho I, que virou na Baía de Todos-os-Santos no dia 24 de agosto de 2017 se inicia nesta quinta-feira (2), nas vésperas do acidente completar exatos três anos. Na tragédia, vinte pessoas morreram, sendo que 19 delas foram no dia do acidente e uma em 2019, após sofrer de depressão e estresse pós-traumático.
A embarcação naufragou aproximadamente 15 minutos depois de deixar o cais de Mar Grande, na cidade de Vera Cruz, no começo da manhã. Na tarde desta quinta (20), a tragédia será julgada pelo Tribunal Marítimo da Marinha do Brasil, localizado no Rio de Janeiro.
Segundo informado pela Marinha, no julgamento será definida a natureza do acidente, causas, circunstâncias e extensão, assim como os responsáveis pela tragédia. Possíveis penalizações podem ser determinadas pela Marinha ao fim do julgamento.
Ainda de acordo com a Marinha, apesar da Corte Marítima não ter poder de atuação nas esferas criminal e cível, o julgamento é utilizado para auxiliar decisões dos órgãos do Poder Judiciário. Além do mais, a decisão também poderá ser utilizada como argumento em processos indenizatórios contra os réus.
Entre os julgados estão Lívio Garcia Galvão Júnior, proprietário da CL Empreendimentos Eireli, a quem era dono do Cavalo Marinho I, além de também ser sócio-administrador da empresa armadora da lancha; Osvaldo Coelho Barreto, marinheiro responsável pelo comando da embarcação durante o naufrágio e Henrique José Caribé Ribeiro, engenheiro responsável técnico pelos planos da embarcação.
No julgamento, serão analisados fatores do caso como, se o comandante executou a manobra corretamente; se os cálculos para construção da embarcação foram executados de maneira correta; se ocorreu alguma falha em algum equipamento ou se houve desgaste na embarcação.