Negros e pardos em universidades federais passam de 41% para 52% em dez anos, diz pesquisa
O levantamento foi realizado pela Andifes, com base no Inep
Foto: Reprodução/Agência Brasil
A Lei de Cotas nas universidades federais brasileiras completa dez anos nesta segunda-feira (29), medida que tem mudado a composição de quem frequenta os espaços acadêmicos. Sendo assim, foi possível verificar que o número de alunos negros e pardos saltou de 41%, em 2010, para 52%, em 2020.
Considerando os indígenas nesses dados, os índices passam de 42% para 53%. O levantamento foi realizado pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) com base no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).
Em 2012, a Lei 12.711 entrou em vigor para que as universidades federais reservem 50% das vagas para estudantes que tenham cursado todo o Ensino Médio em escolas públicas. Dentro das categorias de renda, cotas ainda são destinadas a pretos, pardos, indígenas e pessoas com deficiência.
Série histórica:
2010
- Total de matrículas nas universidades federais: 656.167
- Total de alunos pretos, pardos e indígenas: 273.818 (42%)
2014
- Total de matrículas nas universidades federais: 939.604
- Total de alunos pretos, pardos e indígenas: 452.942 (48%)
2018
- Total de matrículas nas universidades federais: 1.200.300
- Total de alunos pretos, pardos e indígenas: 624.562 (52%)
2020
- Total de matrículas nas universidades federais: 1.128.672
- Total de alunos pretos, pardos e indígenas: 597.486 (53%)