Neil Gaiman, de 'Coraline', pede US$ 500 mil de mulher que o acusa de abuso sexual
Escritor nega acusações, diz que relações foram consensuais, e afirma que acordo de confidencialidade foi quebrado

Foto: Reprodução
O escritor Neil Gaiman, das obras "Coraline" e "Sandman", está exigindo uma indenização de US$ 500 mil de Caroline Wallner, mulher que o acusou de abuso sexual. As informações são da Vulture, braço da revista New York.
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Em 2014, Wallner se mudou para casa do autor britânico, em Woodstock, para trabalhar como zeladora com o marido. Segundo ela diz à Justiça, Gaiman a assediou entre 2018 e 2020, quando seu casamento acabou e o marido a deixou. O escritor teria exigido fazer sexo com ela em troca de sua permanência em sua casa. Sem o ex-marido, Wallner ficou responsável por criar três filhos.
Após as acusações, que Gaiman nega, alegando ter tido relações consensuais e iniciadas pela mulher, o escritor agora exige uma indenização por Wallner ter quebrado um acordo de confidencialidade que eles firmaram em 2021.
No acordo, segundo Gaiman, Wallner concordou em nunca falar publicamente sobre as relações sexuais que eles tiveram. Em troca da sua assinatura, o autor pagou a ela US$ 275 mil, que agora ele exige de volta, fora US$ 50 mil por cada entrevista que ela tenha dado sobre o assunto.
Essa é uma das várias acusações de assédio e abuso sexual contra Gaiman. Elas se tornaram públicas no podcast "Master", de julho do ano passado. Em janeiro, a Vulture publicou uma reportagem com relatos de algumas das mulheres que se dizem vítimas do escritor. À época, o autor dizia por meio de seus advogados que todas as relações foram consensuais.
Conhecido por livros como "Coraline" e "Deuses Americanos" e pelos quadrinhos "Sandman", Gaiman viu algumas das adaptações de suas obras para as telas serem interrompidas ou canceladas. A Netflix, por exemplo, anunciou que sua série de "Sandman" vai acabar na segunda temporada, programada para julho.