Nenhum dos 115 mortos divulgados na Megaoperação estava na decisão judicial que autorizava a prisão de 58 réus
Segundo o governo, 95% dos suspeitos identificados tinham ligação com o Comando Vermelho

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
A Polícia Civil do Rio de Janeiro divulgou o perfil de 115 suspeitos mortos na megaoperação policial realizada na última terça-feira (28), em que morreram quatro policiais. Segundo a CNN Brasil, nenhum dos 115 nomes divulgados consta entre os 58 que tiveram a prisão preventiva decretada.
A decisão judicial que decretou as prisões preventivas mirava em indivíduos de alta hierarquia, como Edgar Alves de Andrade, vulgo "Doca" e "Urso", e Pedro Paulo Guedes, vulgo "Pedro Bala", entre outros gerentes e soldados do tráfico. Dos 115 nomes de mortos informados pelo governo, 97 possuíam alguma passagem criminal, sendo a maioria por tráfico e 59 tinham mandados de prisão em aberto, segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro.
Segundo o Governo do Rio de Janeiro, 95% dos identificados tinham vínculo comprovado com CV; a confirmação em alguns casos foi feita por meio de "fotos em redes sociais", na ausência de histórico criminal.
"Essa mínima fração de narcoterroristas neutralizados que não possuíam anotações criminais, nem imagens em redes sociais portando armas ou demonstrando vínculo com facções criminosas não significa nada. Se eles não tivessem reagido à abordagem dos policiais, teriam sido presos em flagrante pelo porte de fuzis, granadas e artefatos explosivos, por tentativa de homicídio contra os agentes de segurança e também pelos crimes de organização criminosa e associação para o tráfico de drogas. Portanto, são narcoterroristas que saíram do anonimato", disse Felipe Curi, secretário de Polícia Civil do Rio de Janeiro.


