"Nenhum respirador foi entregue porque houve uma fraude na venda dos equipamentos", diz líder da oposição em Sergipe
O deputado Samuel Carvalho também pediu para que o estado seja retirado do Consórcio Nordeste
Foto: Divulgação | AL-SE
O deputado Samuel Carvalho (Cidadania), líder da bancada de oposição na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), disse que as compras dos respiradores voltados para o tratamento dos pacientes infectados pela covid-19 pelo Consórcio Nordeste se tratou de uma fraude.
“Será que um consórcio que é para trazer soluções para estados do Nordeste não checou se a empresa que vendeu os respiradores era confiável? O governo gastou cerca de R$ 15 milhões e nenhum respirador foi entregue porque houve uma fraude na venda dos equipamentos hospitalares. Enquanto isso, sergipanos morrem por falta de respiradores”, disse o deputado.
Ele também defendeu a revogação do Projeto de Lei (PL) nº 8.536/2019, que pede a retirada do estado de Sergipe do Consórcio Nordeste. Segundo o deputado, o estado não avançou após fazer parte do Consórcio.
"Nós entendemos que o consórcio não mostrou para que veio, apesar de prometer unificar e baratear aquisição de materiais, compartilhar tecnologias de gestão e propor integração de quadros de profissionais na atuação em frentes como saúde, educação e segurança. Vemos que nada disso tem sido feito de forma eficaz, por isso, apoio o PL que pede a revogação da lei”, afirmou.
Compra dos respiradores
A compra dos equipamentos hospitalares pelo Consórcio Nordeste foi alvo de uma investigação da Polícia Civil (PC) da Bahia. Os respiradores foram comprados pelos governos por uma empresa que vendeu e não entregou os aparelhos, gerando um rombo de R$ 48 milhões aos cofres públicos, que ainda não foram entregues. Durante a operação Ragnarock, da PC, três pessoas foram presas suspeitas de fraude na venda dos respiradores.
O Tribunal de Justiça da Bahia solicitou o envio do processo de investigação para o Superior Tribunal de Justiça (STJ). Nesta terça-feira (9), a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) recorreu da decisão.