Netanyahu declara que não terá cessar-fogo até Israel obter a lista de reféns a serem soltos pelo Hamas
Premiê afirmou que a primeira fase do acordo tem um cessar-fogo temporário, e que Trump e Biden permitiram o direito de Israel de voltar com os combates se a segunda fase do acordo não dê resultados
Foto: Reprodução/X
Israel não vai continuar com o cessar-fogo em Gaza até obter uma lista dos 33 reféns que serão soltos pelo Hamas na primeira fase do acordo que entra em vigor neste domingo (19), declarou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, momentos antes do pacto entrar em vigor.
"Não avançaremos com o acordo até recebermos a lista de reféns que serão libertados, conforme acordado. Israel não tolerará violações do acordo. A única responsabilidade é do Hamas", declarou Netanyahu em nota neste sábado (18).
Em um pronunciamento que ocorreu neste sábado também, Netanyahu afirmou que o acordo de libertação de reféns foi realizado em cooperação junto com os presidentes Biden e Trump dos EUA.
Ele declarou ainda que a primeira fase do acordo há um cessar-fogo temporário, e que Trump e Biden permitiram o direito de Israel de recomeçar os combates se por acaso a segunda fase do acordo não dê resultados, e que, caso isso aconteça, Israel o executará de formas "novas e mais vigorosas".
Aprovação oficial
O governo de Israel só concordou de forma oficial o de cessar-fogo na sexta-feira (17). Momentos antes de sua entrada em vigor. Os ataques na faixa de Gaza continuam. De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, bombardeios israelenses provocaram a morte de 88 pessoas na sexta.
A aprovação foi um grande obstáculo para Netanyahu dentro da sua própria administração. Membros linha-dura pressionaram o premiê para não aceitar o cessar-fogo.
Cessar-fogo
Quase cem pessoas que foram sequestradas pelo Hamas em 7 de outubro de 2023 e continuam sob poder do grupo, e a devolução deles é um dos pontos do acordo, que determina ainda que Israel liberte centenas de palestinos presos em Israel e pare com os bombardeios na Faixa de Gaza, os números podem chegar a mais de mil detidos, ainda não estão claros todos os termos do acordo de troca entre Israel e Hamas.
A previsão de liberação dos reféns foi realizada depois do Gabinete de Segurança de Israel, órgão instaurado depois do começo da guerra na Faixa de Gaza, aprovar também o texto na sexta-feira (17), esse passo era importante para que os termos do acordo fossem empregues por Israel.