Nikolas critica arquivamento de processo contra Janones por 'rachadinha': "O crime compensa"
Conselho de Ética da Câmara decidiu arquivar o processo disciplinar aberto contra o parlamentar
Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados
O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) criticou o arquivamento do processo disciplinar contra o deputado André Janones (Avante-MG) por um suposto esquema de rachadinha, ou seja, desvio de salários de funcionários de seu gabinete. Segundo o parlamentar, a decisão do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados comprova que o “crime compensa”.
“Aqui, de fato, nessa Câmara, hoje foi comprovado, mesmo uma vez, que o crime compensa. Se eu viajo com o meu salário para ir para a Champions em um presente de aniversário meu, eu sou quase que corrupto,” afirmou.
“Mas o Janones, que têm um áudio dizendo claramente de que os assessores pegaram a grana do salário deles e dava para o deputado, e ele fala ainda que era uma rachadinha voluntária, aí ele é deixado de lado e ele é inocentado,” acrescentou o deputado.
Janones era alvo de uma denúncia apresentada pelo PL, que pedia a sua cassação por uma possível quebra de decoro parlamentar. A representação diz respeito a uma mensagem de áudio, divulgada no ano passado, em que o parlamentar fala para assessores que parte deles deveriam devolver uma quantia do salário para abater um prejuízo na campanha eleitoral de 2016.
A decisão de encerrar o processo seguiu o parecer do relator, Guilherme Boulos (PSOL-SP), que apontou que o caso não deveria prosseguir por tratar de “fatos ocorridos antes do início do mandato” atual de André Janones.
Confusão entre Nikolas e Janones
Em meio a sessão que analisa o processo contra André Janones (Avante-MG), o deputado acabou se envolvendo em uma confusão com Nikolas Ferreira (PL-MG).
Em um vídeo que circula nas redes sociais, é possível observar os deputados trocando ofensas e desafiando um ao outro para uma briga. Nas imagens, o deputado Zé Trovão (PL-SC) também aparece chamando Janones de “rachador”.
Em meio à confusão, a Polícia Legislativa da Casa precisou intervir. André Janones teve deixar o plenário do colegiado escoltado.