Nordeste é a região que deve ser mais afetada em decorrência dos tarifaços de Trump, aponta estudo FGV
Levantamento analisou possível nível de risco as regiões do país mesmo com a isenção de 700 produtos da taxação

Foto: Reprodução/AbraFrutas
O tarifaço de Donald Trump impactará de forma diferente as cinco regiões do país, e tem grandes chances de potencializar as desigualdades. As informações foram divulgadas através de um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
A pesquisa indica que o impacto vai depender, por exemplo, do quanto as exportações para os Estados Unidos (EUA) representam para a economia de cada estado brasileiro, do tipo de bem que é exportado e o nível de qualificação de mão de obra necessário para o comércio.
O estudo aponta, por exemplo, que o nordeste deve sofrer um grande impacto, devido à mão de obra necessária para a exportação dos produtos, que em sua maioria são frutas, mel, e pescados.
Confira o detalhamento do impacto em cada região do estado divulgado pela FGV:
Nordeste: para a região, o risco foi classificado como alto a muito alto, devido à concentração de mão de obra e de produtos primários como frutas e o camarão;
Norte: apresenta risco alto, ao considerar que a região exporta de produtos vegetais a eletrônicos e motocicletas;
Sul: a região que envia móveis, carnes suína e de aves, o risco é médio;
Sudeste: a situação no sudeste é de risco baixo a médio, pois além de concentrar a maioria das exportações, de aviões a café e suco de laranja, também é uma região extremamente industrializada em comparação ao restante do país, e apresenta uma lista de itens que saíram do tarifaço;
Centro-Oeste: o risco é considerado baixo para a região, que vende carnes, grãos e minérios, e possui parceiros comerciais mais diversificados.
Conforme divulgado pelo autor do texto na FGV, os estados mais afetados devem buscar novos mercados, e o governo precisará investir em políticas de incentivo diferentes para cada região.
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