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Nos últimos 30 anos, mais de 65 mil pessoas foram resgatadas em trabalho análogo à escravidão no Brasil

Para chegar a esse número, foram realizadas mais de 8,4 mil ações fiscais

Por Da Redação
Ás

Atualizado
Nos últimos 30 anos, mais de 65 mil pessoas foram resgatadas em trabalho análogo à escravidão no Brasil

Foto: Divulgação/MTE

No Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, nesta terça-feira (28), um levantamento do Ministério do Trabalho revelou que o governo federal resgatou cerca de 65,6 mil pessoas em condições de trabalho análogas à escravidão no Brasil nos últimos 30 anos. Para chegar a esse número, foram realizadas mais de 8,4 mil ações fiscais.

Os resgates são realizados pelo Grupo Especial de Fiscalização Móvel, coordenado pelo Ministério do Trabalho, além das unidades regionais do órgão nos estados.

Desde 2003, mais de R$ 155 milhões em verbas trabalhistas e rescisórias foram pagos às vítimas. Não é possível contabilizar a quantia de anos anteriores, pois o seguro-desemprego do trabalhador resgatado foi implementado somente naquele ano.

O levantamento mostra ainda que, somente em 2024, o governo federal realizou 1.035 ações fiscais específicas de combate ao trabalho análogo à escravidão por meio da Inspeção do Trabalho.

Ao todo, essas ações resultaram no resgate de 2.004 trabalhadores. No ano anterior, foram mais de 3,1 mil pessoas resgatadas, o maior número dos últimos 14 anos.

Leia também: 270 trabalhadores foram resgatados em condições análogas à escravidão na Bahia, diz MPT

Áreas com maior número de resgatados

Os dados do Ministério do Trabalho mostram que as áreas com maior número de trabalhadores resgatados foram: construção de edifícios (293), cultivo de café (214), cultivo de cebola (194), serviço de preparação de terreno, cultivo e colheita (120) e horticultura, exceto morango (84).

“Esses dados revelam um crescimento significativo no número de trabalhadores resgatados em áreas urbanas, que representaram 30% do total de trabalhadores em condições análogas à escravidão identificados em 2024”, pontuou o ministério.

Ações de fiscalização nos estados

Os estados com maior número de ações fiscais ao longo de 2024 foram: São Paulo (191), Minas Gerais (136), Rio Grande do Sul (82), Paraná (42), Espírito Santo e Rio de Janeiro (ambos com 41 cada).

Quanto ao número de resgatados, os destaques foram: Minas Gerais (500), São Paulo (467), Bahia (198), Goiás (155), Pernambuco (137) e Mato Grosso do Sul (105).
 

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