Nova regra do rotativo do cartão de crédito pode gerar impactos na economia nacional
Especialistas acreditam que oferta do cartão de crédito pode diminuir com nova resolução
Foto: Arquivo/Agência Brasil
As novas regras que limitam os juros do rotativo do cartão de crédito, impostas pelo Conselho Monetário Nacional, podem gerar impactos na atividade econômica brasileira. Ao menos, é o que afirmam especialistas do setor.
Entre os principais impactos, segundo economistas, está a provável diminuição da oferta dos cartões de crédito por parte dos bancos e financeiras. Para não sair no prejuízo, as instituições podem trocar a disponibilização de cartões por empréstimos, com taxas diferenciadas.
Além disso, há quem duvide que a novidade venha, de fato, controlar a inadimplência por parte dos consumidores que utilizam o cartão de crédito no dia a dia.
Nova resolução
Com a nova determinação, os juros da dívida do rotativo do cartão de crédito e da fatura parcelada passam a ser limitados a 100%, e não poderá mais subir depois de dobrar o valor.
Na prática, quem não pagar uma fatura de R$ 100 e empurrar a dívida para o rotativo, pagará juros e encargos de, no máximo, R$ 100.
Segundo os dados mais recentes do Banco Central, em novembro, os juros do rotativo do cartão de crédito estavam, em média, em 431,6%. Isso significa que uma pessoa que entre no rotativo em R$ 100 e não quita o débito, deve R$ 531,60 após 12 meses.