Novo medicamento injetável da Eli Lilly para obesidade mostra resultados promissores em estudo clínico

Um recente avanço no campo farmacêutico trouxe esperança para o tratamento da obesidade e sobrepeso. A empresa farmacêutica Eli Lilly desenvolveu um medicamento injetável chamado retatrutida, que se mostrou capaz de reduzir significativamente o peso corporal médio dos participantes de um estudo clínico. Os resultados promissores dessa pesquisa foram publicados nesta semana no respeitado periódico científico The New England Journal of Medicine.

A fase 2 do estudo envolveu a participação de 338 indivíduos, que foram divididos em grupos com diferentes esquemas de dose de retatrutida, além de um grupo que recebeu placebo. Durante 48 semanas, as injeções subcutâneas foram administradas uma vez por semana.

As doses testadas variaram de 1 mg a 12 mg, sendo que os pacientes que receberam a dose de 12 mg alcançaram a redução de peso mais expressiva, atingindo até 24,2% de diminuição média do peso corporal ao longo de 11 meses.

A retatrutida é uma molécula inovadora, desenvolvida em laboratório, que possui a capacidade de ativar receptores de três hormônios no corpo: glucagon, GIP (polipeptídeo insulinotrópico dependente de glicose) e GLP-1 (peptídeo-1 semelhante ao glucagon).

O glucagon, produzido pelo pâncreas, tem como função aumentar os níveis de glicose no sangue, estimulando o fígado a liberar a glicose armazenada. O GIP, produzido pelas células do intestino delgado, estimula a liberação de insulina pelo pâncreas, ajudando a regular os níveis de glicose no sangue. Já o GLP-1, também produzido pelo intestino delgado, desempenha várias funções relacionadas à regulação dos níveis de açúcar no sangue, além de suprimir o apetite e promover a sensação de saciedade.

A ativação desses três hormônios por meio da retatrutida pode ter efeitos benéficos no tratamento da obesidade, auxiliando na regulação dos níveis de glicose, controle do apetite e gerenciamento do peso corporal.