Novo plano para eliminar câncer de colo de útero tem foco em rastreio, tratamento e vacina
Tumor é o terceiro mais comum entre as mulheres brasileiras, com 7 mil mortes anuais
Foto: Agência Brasil/Marcelo Camargo
O novo Plano Nacional para a Eliminação do Câncer de Colo de Útero pode tornar a doença residual no Brasil em 20 anos. As diretrizes focam em melhorias no rastreio, tratamento e vacinação contra o HPV. Atualmente, o câncer de colo de útero é o terceiro tipo mais comum entre as mulheres brasileiras, com 17 mil novos casos e 7 mil mortes anuais.
O HPV, com mais de 200 tipos, é responsável por quase 100% dos casos, sendo os tipos 16 e 18 responsáveis por 70% deles.
A maioria das pacientes (65%) descobre a doença em estágio avançado. Para mudar isso, o novo plano inclui um teste molecular para diagnóstico do HPV, substituindo o exame preventivo.
Além disso, será implementado no Sistema Único de Saúde (SUS) um novo tipo de teste, do tipo molecular, para diagnóstico do HPV, em substituição ao exame citopatológico feito atualmente, conhecido popularmente como preventivo ou papanicolau.
Vacinação
A eliminação do câncer de colo do útero só será possível se novas infecções pelo HPV deixarem de ocorrer, o que depende da vacinação. A meta é alcançar 90% do público-alvo, hoje composto por meninas e meninos de 9 a 14 anos.
A vacinação pelo SUS também está disponível para pessoas imunodeprimidas, vítimas de violência sexual e usuários de Prep, a Profilaxia Pré-Exposição ao HIV, com até 45 anos. Além disso, o Ministério da Saúde lançou uma estratégia de resgate de jovens com até 19 anos que não tenham se vacinado na idade adequada.