Saúde

Novo remédio da AstraZeneca oferece 83% de proteção contra a Covid-19

Coquetel é feito com anticorpos fabricados em laboratório

Por Da Redação
Ás

Novo remédio da AstraZeneca oferece 83% de proteção contra a Covid-19

Foto: Getty Images

A AstraZeneca informou que a injeção de anticorpos monoclonais que está desenvolvendo oferece 83% de proteção contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, por seis meses. O medicamento foi criado para pessoas com alto risco de desenvolver a forma grave da doença e que não respondem bem às vacinas. A tecnologia dos anticorpos monoclonais já é usada no tratamento de câncer e de doenças autoimunes.

Em comunicado nesta quinta-feira (18), a farmacêutica disse que um estudo separado em pacientes com Covid-19 leve a moderada mostrou que uma maior concentração de AZD7442 reduziu o risco de agravamento da doença em 88% quando administrada dentro de três dias após os primeiros sintomas. O tratamento é feito de uma só vez, com duas doses sequenciais no braço.

"Esses novos dados se somam ao crescente corpo de evidências que apoiam o potencial do AZD7442 (...) Estamos avançando com os processos regulatórios em todo o mundo e esperamos fornecer uma nova opção importante contra o Sars-CoV-2 o mais rápido possível", disse o vice-presidente executivo da AstraZeneca Mene Pangalos em um comunicado.

Estudo 

No ensaio Provent da AstraZeneca, cerca de 5.200 participantes sem infecção por Covid-19 foram divididos aleatoriamente em dois grupos, com um voluntário recebendo placebo para cada dois recebendo Evusheld. Nenhum voluntário sabia o que estava tomando. Para participar do estudo era preciso ter risco aumentado para Covid-19 grave ou estar imunocomprometido, como pacientes em tratamento contra o câncer ou que recebem medicamentos que diminuem o sistema imunológico devido a uma doença autoimune ou transplante de órgão.

Os voluntários do estudo não foram vacinados. A AstraZeneca disse que o objetivo principal da injeção é ajudar indivíduos imunocomprometidos e em risco, mas em algum ponto um grupo mais amplo pode se beneficiar, como militares em serviço ou passageiros de navios de cruzeiro. Os voluntários do ensaio serão acompanhados por 15 meses para fornecer evidências de proteção mais duradoura.


 

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