Coronavírus

Novo teste para detecção do coronavírus alia alta precisão e detecção em larga escala

Técnica que foi patenteada no exterior estará disponível em junho

Por Da Redação
Ás

Novo teste para detecção do coronavírus alia alta precisão e detecção em larga escala

Foto: Getty Images

O Hospital Albert Einstein desenvolveu um exame genético para detectar em larga escala do novo coronavírus. A técnica tem alta precisão e pode ser considerada uma opção viável de testagem em massa. O método já teve a patente registrada através do Sistema Internacional de Patentes nos Estados Unidos e será disponibilizada a partir de junho.

O Einstein desenvolveu o exame baseado na tecnologia chamada de Sequenciamento de Nova Geração (Next Generation Sequencing - NGS), que investiga pequenos fragmentos de DNA para identificação de doenças. Para que seja detectado o Sars-Cov-2, os pesquisadores adaptaram o método para leitura do RNA, outra molécula biológica presente em diferentes tipos de vírus.

Segundo informou o hospital, o teste apresenta 100% de especificidade, em outras palavras, não apresenta casos de falso-positivo e é também o primeiro exame genético do mundo a detectar em larga escala o novo coronavírus através da técnica de sequenciamento NGS.

Os pesquisadores destacaram que a eficácia do teste é equivalente aos testes do tipo RT-PCR, o principal método utilizado para detecção do novo coronavírus aplicado em todo mundo, que identifica o material genético do vírus. Contudo, o novo exame apresentado pelo hospital permite a realização simultânea da análise de até 1.536 amostras, chegando a 16 vezes mais do que o RT-PCR.

Até o momento, os testes rápidos disponíveis são denominados de exames sorológicos os quais identificam a presença de anticorpos contra o vírus no sangue, os quais podem ser notados em média 14 dias depois da contaminação, contudo, a técnica não possui uma precisão tão elevada quanto o RT-PCR e ainda é questionado por entidades médicas. Enquanto a nova técnica apresentada pelo Einstein visa identificar a presença do vírus desde o primeiro dia da infecção.

O novo teste analisa amostras salivares ou retiradas da região nasal e fica pronto em aproximadamente três dias. A técnica precisou de cerca de dois meses para ser desenvolvida.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:[email protected]

Faça seu comentário