Nubank anuncia solicitação de licença bancária nacional nos Estados Unidos
Ex-presidente do banco central Roberto Campos Neto preside conselho administrativo norte-americano

Foto: Roberto Campos Neto por Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
O Nubank anunciou nesta terça-feira (30) que solicitou uma licença de banco nacional ao Escritório do Controlador da Moeda dos Estados Unidos. A iniciativa faz parte da estratégia da empresa de aproveitar oportunidades no mercado internacional e expandir a marca além da América Latina. A autorização visa transformar o Nubank em um banco global e acessar novas oportunidades no mercado financeiro norte-americano.
A licença permitirá ao banco brasileiro oferecer serviços como contas de depósito, cartão de crédito, empréstimos e custódia de ativos digitais, atuando conforme as regulamentações americanas.
“Hoje, nosso foco principal continua sendo gerar crescimento em nossos mercados atuais, nos quais seguimos observando amplas oportunidades de expansão. Ao mesmo tempo, a solicitação da licença de banco nacional nos EUA nos ajuda a atender melhor nossos clientes já estabelecidos no país e, no futuro, a nos conectar com pessoas que têm necessidades financeiras semelhantes e que poderiam se beneficiar de nossos produtos e serviços”, afirmou David Vélez, fundador e CEO da Nu Holdings.
Nos Estados Unidos, o conselho administrativo será liderado pelo ex-presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos, que ocupará a presidência do conselho. A ex-executiva do Departamento do Tesouro dos EUA, Highline Capital Management, também integra a gestão da plataforma financeira.
A cofundadora Cristina Junqueira se mudou para os Estados Unidos e será CEO da operação americana. Sobre a estratégia de expansão, ela comentou: “O propósito do Nubank continua a ser impactar positivamente a vida das pessoas, oferecendo serviços financeiros digitais de classe mundial. Apesar de ainda termos trabalho pela frente, acreditamos que, ao trabalhar em estreita colaboração com os reguladores, em breve estaremos em posição de ampliar nossa oferta para o mercado dos EUA como um todo”.