Política

Número de candidatas cresce na Bahia, mas ocupa apenas 33% das candidaturas

Duas mulheres concorrem à vaga de vice-governadora, nenhuma pleiteia a gestão

Por Stephanie Ferreira
Ás

Número de candidatas cresce na Bahia, mas ocupa apenas 33% das candidaturas

Foto: Agência Brasil

Na Bahia, dos 1.537 candidatos para as eleições neste ano, 506 (33%) são mulheres. Para o cargo do governo estadual, apenas duas candidatas concorrem à vaga de vice-governadora, nenhuma pleiteia a gestão. Em 2018, apenas Célia Sacramento concorreu a cadeira do governo. Os dados são do Tribunal Super Eleitoral (TSE).

Os homens são maioria para todos os cargos no estado baiano. Ao todo, são 1.031 (67%) candidaturas aptas, dessas, cinco candidatos ao governo, quatro para vice-governador. O número é ainda maior para as vagas das cadeiras da Assembleia Legislativa, com 561 (54%) na corrida contra 278 mulheres (54,83%). Para a Câmara dos Deputados, são 221 (43,68%) mulheres e 453 homens (43,94%). Apenas para o Senado, o número é igual, são dois candidatos de cada gênero. 

De 2018 para as eleições deste ano, o aumento foi de 43.51% no número gerais de candidatos (1.071 para 1.537). Considerando esta alta, a participação feminina cresceu em 52,40%, partindo de 332 para 506. Apesar do número maior atual de homens candidatos, o crescimento na ala masculina foi menor, com 39,51%, (de 739 para 1.031). 

Partidos
De acordo com o TSE, o Republicanos é o partido que tem o maior número de homens postulantes com 71 (6,88%), e também se destaca – em empate com PSC – em número de mulheres com 32 (6,31%). Logo depois está o PL que contabiliza 67 candidatos (6,49%) e 33 candidatas (6,51). 

Cenário nacional 
O Brasil terá 12 candidatos à Presidência da República nas eleições deste ano. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve julgar todos os registros de candidaturas até o dia 12 de setembro. Até o momento, dentre os candidatos à presidência, quatro são mulheres: Simone Tebet (MDB), Sofia Manzano (PCB), Soraya Thronicke (União) e Vera (PSTU). 

A ala masculina é composta por Ciro Gomes (PDT), Constituinte Eymael (DC), Felipe D'avila (Novo), Jair Bolsonaro (PL), Lula (PT), Léo Péricles (UP), Pablo Marçal (pros).    

Entre os vices, o número de mulheres é um pouco maior, são cinco candidatas: Raquel Tremembé (PSTU), Mara Gabrilli (PSDB), Ana Paula Matos (PDT), Samara Martins (UP) e Fátima Pérola Neggra (Pros). Para o cargo também pleiteiam: Antônio Alves (PCB), Braga Netto (PL), Geraldo Alckmin (PSB), Marcos Cintra    (União), Pastor Gamonal (PTB) Professor Bravo (DC)     e Tiago Mitraud (Novo).
 

Fundo eleitoral 
Os partidos são obrigados a destinarem no mínimo 30% dos recursos públicos para campanha eleitoral às candidaturas femininas.  Segundo a Emenda Constitucional 117 (originária da PEC 18/21), a distribuição deve ser proporcional ao número de candidatas. A cota vale tanto para o Fundo Especial de Financiamento de Campanha – mais conhecido como Fundo Eleitoral – como para recursos do Fundo Partidário direcionados a campanhas. Além disso, também deve ser reservado pelo menos 30% do tempo de propaganda gratuita no rádio e na televisão às mulheres.

Neste ano, o Fundo Eleitoral será de R$ 4,9 bilhões, enquanto o Fundo Partidário terá à disposição R$ 1,1 bilhão. A nova emenda constitucional ainda destina 5% do Fundo Partidário para criação e manutenção de programas de promoção e difusão da participação política das mulheres, de acordo com os interesses intrapartidários. Neste ano, isso seria o equivalente a R$ 55,4 milhões.

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