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Número de mortes de jornalistas no mundo aumentou acentuadamente em 2022

Houve um avanço de crimes contra profissionais de imprensa na América Latina

Por Da Redação
Ás

Número de mortes de jornalistas no mundo aumentou acentuadamente em 2022

Foto: Reprodução/ Freepik

De acordo com um relatório publicado nesta terça-feira (24) pelo Comitê para a Proteção a Jornalistas, o número de mortes de jornalistas no mundo aumentou acentuadamente em 2022, além do avanço de crimes contra profissionais de imprensa na América Latina.  

É a região mais mortal para jornalistas, com 30  vítimas, representando quase metade dos 67 profissionais de mídia mortos em todo o mundo.  O total global, de 67 assassinados, foi o maior número desde 2018 e um aumento de quase 50% em relação a 2021. Dois dos crimes na região aconteceram no Brasil, vitimando o jornalista inglês Dom Philips e o cearense Givanildo Oliveira.

Mais da metade dos assassinatos de jornalistas e profissionais de apoio à mídia no mundo ocorreram em apenas três países – Ucrânia (15), México (13) e Haiti (7) – os maiores números anuais que o CPJ já registrou para esses países, segundo o relatório. 

Apesar de os países da América Latina estarem formalmente em paz, a região ultrapassou o alto número de jornalistas mortos na guerra da Ucrânia.

Enquanto isso, os governos continuam a encarcerar jornalistas em taxas recordes de jornalistas e não conseguem enfrentar a violência crescente e a cultura da impunidade que efetivamente silenciaram comunidades inteiras em todo o mundo.”

Dos 67 jornalistas e profissionais de mídia mortos, o CPJ apurou que pelo menos 41 perderam a vida em atos com conexão direta com o trabalho, enquanto motivos para as outras 26 mortes estão sendo investigados para determinar se estavam relacionados à profissão.

A grande maioria dos mortos eram jornalistas locais que cobriam suas próprias comunidades. Foi o caso do jornalista do Ceará, que mantinha um canal no Facebook para noticiar assuntos locais.

Em toda a América Latina, os jornalistas que cobrem o crime, a corrupção, a violência de gangues e o meio ambiente estão em maior risco, segundo a organização. 

 

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