Número de registros de armas de fogo aumenta durante governo Bolsonaro

O Anuário Brasileiro de Segurança Pública divulgou nesta quinta-feira (20) informações alarmantes sobre o aumento do número de pessoas com certificado de registro de armas de fogo durante o governo de Jair Bolsonaro. Os registros, destinados a atividades de caçador, atirador desportivo e colecionador (CAC), cresceram quase sete vezes desde 2018.

Antes de Bolsonaro assumir o cargo, em 2018, o Brasil contava com 117,5 mil pessoas com registros CAC, representando 56 brasileiros a cada 100 mil com licença para portar armas. Entretanto, atualmente, esse número saltou para 783,4 mil, indicando que 386 em cada 100 mil pessoas possuem a autorização para armamento. Em 2022, esse número representou um aumento de 37% em relação ao ano anterior, o que resultou em mais de 211 mil certificados de registros de armas emitidos em apenas um ano.

O Sistema Nacional de Armas (Sinarm), da Polícia Federal, também registrou um crescimento significativo no número de registros. Em 2019, o país tinha aproximadamente 1 milhão de registros no sistema, mas em 2022 esse número aumentou para quase 1,6 milhão, um acréscimo de quase 50%.

Além disso, chama a atenção o fato de mais de 1,5 milhão de armas de fogo estarem com registros expirados no passado, indicando que os proprietários não cumpriram a determinação legal para renovar suas licenças nos prazos estipulados. Essa situação gera preocupação, pois o paradeiro e as condições dessas armas são desconhecidos pelo governo brasileiro.

Diante desse cenário, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou em rede social um plano específico para a Amazônia e controle de armas para enfrentar o aumento de crimes violentos, como o estupro, e casos de estelionato e racismo.