Mundo

'Nunca irão fechar' diz Trump sobre economia nos EUA

O presidente americano nega aumento de caso da covid-19 no país

Por Da Redação
Ás

'Nunca irão fechar' diz Trump sobre economia nos EUA

Foto: Reprodução / Agência Brasil

O presidente dos EUA, Donald Trump, continua insistindo em negar a crise de saúde no país devido à pandemia de covid-19. O número de casos está saindo do controle. Nas últimas duas semanas, as infecções cresceram 78% em meio à reabertura do país e à circulação de americanos durante as férias de verão. Mas Trump preferiu afirmar que o vírus é inofensivo, politizou a discussão sobre a reabertura de escolas, têm se envolvido na polêmica defesa de símbolos racistas e formalizou que o país deixará a Organização Mundial da Saúde (OMS). 

Nas últimas três semanas, o país assiste a curva de infecções acelerar novamente batendo o recorde diário de 57 mil casos de coronavírus nos primeiros dias de julho. Na terça-feira, 7, Trump disse que os EUA "nunca irão fechar", pressionando pela continuidade da retomada econômica a despeito da situação de saúde.

O problema migrou da região de Nova York para Estados do sul e oeste do país, com surtos na Flórida, Texas, Arizona e Califórnia. Ao menos 40 dos 50 Estados americanos viram o número de casos per capita aumentar nos últimos 14 dias.

Segundo Trump, a mortalidade causada pelo vírus é baixa nos EUA, usando dados falsos. O presidente chegou a dizer que 99% dos casos eram "totalmente inofensivos", contrariando a equipe médica do governo. A taxa estimada de mortalidade da covid-19 nos EUA é de 4,5%, e não 1,0%, como o presidente sugere.

"É uma falsa narrativa ver conforto em uma taxa de mortalidade baixa", disse o epidemiologista Anthony Fauci. Integrante da Força-Tarefa do governo Trump contra o coronavírus, Fauci é considerado o maior especialista no tema. Não foi a primeira vez que ele precisou corrigir uma informação do presidente.

Os EUA têm quase 3 milhões de casos confirmados de coronavírus e mais de 130 mil mortes. Uma atualização do modelo estatístico do Institute for Health Metrics and Evaluation (IHME), da Universidade de Washington, atualizado ontem projeta 208 mil mortes nos EUA até novembro. O modelo é o que tem embasado as políticas de saúde da Casa Branca.

O presidente americano tem evitado responder perguntas dos jornalistas enquanto os casos explodem e sua popularidade cai mais de dez pontos, abrindo uma vantagem eleitoral para o democrata Joe Biden. 


 

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:[email protected]

Faça seu comentário