Nunes inicia rescisão contratual com empresas investigadas por ligação com o PCC
Após o rompimento dos contratos, a prefeitura precisa abrir uma nova licitação para novas empresas assumirem as linhas
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O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), assinou dois decretos para dar início ao processo de rompimento dos contratos com as empresas de ônibus UPBus e a Transwolff, investigadas por ligação com a organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). As duas atendem mais de 600 mil passageiros por dia, nas Zonas Sul e Leste da capital.
Os decretos foram publicados no Diário Oficial do Município nesta sexta-feira (27).
A prefeitura deu início à abertura do processo de caducidade dos contratos em 23 de dezembro, após reunião realizada entre Secretaria Municipal da Fazenda, Secretaria Executiva de Transporte e Mobilidade Urbana, Procuradoria Geral do Município, Controladoria Geral do Município e SPTrans.
De acordo com o prefeito, a Transwolff e UPBus tiveram 15 dias para explicar as irregularidades, porém as respostas não foram suficientes - por isso, o gestor municipal decidiu assinar os decretos.
Após o rompimento dos contratos, a prefeitura precisa abrir uma nova licitação para novas empresas assumirem as linhas.
Suspeita de relação com o PCC
Em abril, o Ministério Público de São Paulo deflagrou uma operação em que os alvos eram os presidentes das concessionárias por suspeita de relação com a facção criminosa e envolvimento num esquema de lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas e de outros crimes.
Desde então, a SPTrans interveio e passou a administrar as linhas operadas pela Transwolff e UPBus. De lá pra cá, uma investigação feita por organização privada contratada pela prefeitura também detectou inconformidades financeiras e operacionais.