Michel Telles

Nutróloga comenta sobre a relação entre obesidade e ansiedade em tempos pandêmicos

Com a proximidade do Dia Mundial da Obesidade, a Dra. Esthela Oliveira faz um alerta quanto ao aumento dos casos de sobrepeso na pandemia

Por Michel Telles
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Nutróloga comenta sobre a relação entre obesidade e ansiedade em tempos pandêmicos

Foto: Divulgação

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, 1bilhão de pessoas já sofrem com o sobrepeso em todo o globo, número que se intensificou durante a pandemia do novo Coronavírus, onde 1 em cada 5 pessoas relatou ter ganho mais peso do que o de costume nos anos anteriores. Estima-se que até 2025, ao menos 20% da população brasileira adulta esteja obesa. Segunda a nutróloga, Dra. Esthela Oliveira este cenário se dá especialmente pelos altos níveis de estresse a que fomos submetidos após o surto de COVID-19.
 

“Desde que a pandemia começou diversos estudos mostraram o aumento de casos de depressão, ansiedade e burnout, condições totalmente relacionadas ao estresse excessivo. A questão é que junto com elas vem as mudanças no estilo de vida e na alimentação, induzindo a um maior consumo calórico e ao sedentarismo, que levam diretamente ao sobrepeso”, analisa a nutróloga, Dra. Esthela Oliveira.
 

Não é de hoje que sabemos que o alto consumo calórico, especialmente de alimentos doces, traz a sensação de alívio para o estresse, mas Dra. Esthela explica que como consequências deste looping de desequilíbrio emocional e distúrbio alimentar, não há outro resultado senão um conjunto de comorbidades associadas à obesidade, como diabetes, doenças cardiovasculares e hipertensão.

“O cortisol liberado nos picos de ansiedade e estresse também estimula a liberação de adrenalina e insulina no organismo, como uma resposta metabólica de defesa, para fornecer mais energia aos músculos. No entanto, como isso acontece diversas vezes ao longo do dia, o sistema nervoso central entende que precisa de muito mais energia para sobreviver, fazendo com que a pessoa consuma mais comida, principalmente as altamente calóricas, para fazer essa reserva energética e trazer mais saciedade, resultando a longo prazo em diversos prejuízos à saúde”, explica a nutróloga.
 

Além disso, a especialista ressalta que pessoas que sofrem com ansiedade, depressão e estresse, costumam se exercitar menos, o que durante a pandemia se tornou ainda mais comum, dificultando a manutenção ou perda de peso. “Por essa razão, reforçamos a importância de realizar um acompanhamento médico multidisciplinar, mesmo durante a pandemia, que abranja o tratamento do paciente em todas as esferas, para ajudá-lo a encontrar um equilíbrio entre a saúde emocional e física, adequando a dieta ideal a hábitos de vida que tornem sua rotina mais saudável e menos estressante”, conclui Esthela Oliveira.
 

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