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Salvador

'O cancelamento é ruim para Salvador, para o estado e para o agronegócio', diz Bruno Reis sobre a Fenagro

Prefeito lamentou o episódio e pediu para que as autoridades estaduais revessem o posicionamento

Por Ane Catarine Lima, Emilly Lima
Ás

'O cancelamento é ruim para Salvador, para o estado e para o agronegócio', diz Bruno Reis sobre a Fenagro

Foto: Farol da Bahia

O prefeito de Salvador, Bruno Reis (UB), lamentou o cancelamento da Feira Nacional da Agropecuária (Fenagro) nesta sexta-feira (27), e afirmou que a medida é "muito ruim" para a capital baiana, o estado e o agronegócio. Sem acontecer há quatro anos, a expectativa era que o evento movimentasse R$ 150 milhões durante os 10 dias de exposições.

"A gente lamenta a suspensão da Fenagro porque a prefeitura vem de um lado fazendo esforço para atrair grandes eventos para a nossa cidade e, consequentemente, visitantes  turistas. A Fenagro iria movimentar em torno de R$ 150 milhões. Essa é a principal feira da agropecuária do estado e da nossa cidade, apesar de não ser uma feira que a prefeitura realiza. A gente dava apoio nas questões de infraestrutura interna, limpeza e iluminação para o evento", disse durante a assinatura do convênio para ações de estímulo ao turismo da capital baiana.

Bruno Reis lamentou ainda a falta que o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que seria arrecadado vai fazer ao estado, já que a feira ajudava a potencializar o setor.

"O cancelamento é muito ruim para a cidade, para o estado e para o agronegócio como todo. A gente sabe da importância do agronegócio para o ICMS da Bahia e essa feira ajudava a potencializar e a estimular ainda mais esse setor", afirmou. 

Sobre o ICMS de Salvador, Bruno comentou que a capital baiana já deixou de arrecadar cerca de R$ 60 milhões com a queda do imposto, na comparação com o ano passado. "Esse ano já perdemos R$ 60 milhões, se a gente for colocar a inflação, esse número seria muito maior. Foi aprovado no Congresso e o presidente Lula sancionou e vem uma compensação aí, com a antecipação da parcela que seria de 2024, no valor de R$ 17 milhões. Ou seja, ainda fica o rombo de R$ 47 milhões. Espero que a economia possa reagir porque essa situação impacta as nossas despesas", disse. 

"A gente lamenta e, inclusive, pede para que as autoridades estaduais possam rever esse posicionamento porque dá tempo sim de realizar a Fenagro", concluiu. 

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