Notinhas do Carvalho

O Estagiário

Por Da Redação
Ás

O Estagiário

Foto: Reprodução

O último fim de semana foi bem agitado para Bruno Majestade, Rei, Soberano e Senhor de toda Terra Soteropolitana!

A resenha da decretação da caducidade da empresa CSN mostrou que o novo "prefeitinho" realmente não aprendeu a "prefeitar" trazendo à baila o dístico de que "quem nasceu pra moldura, jamais será tela". Embora o seu antecessor ACM Neto tenha largado a bronca dos transportes nas suas costas, mesmo tendo tido oito longos de anos de mandato e ultrapassado os seis meses legais da Intervenção sem resolver o problema da CSN e do transporte de Salvador, acabou que o próprio Bruninho teve que assumir publicamente que a real é que seu ídolo mor lhe entregou o pior Sistema de Transporte do País!

Diante de um problema sério que pode afetar a população com gravidade, Bruno revelou destempero, despreparo e imprevidência para gerenciar uma crise que, só não tem maiores consequências, por conta do lockdown que paralisa a vida da cidade mas, ainda assim, a população sofre em ônibus lotados e demorados como é visto diariamente em matérias de todo tipo de mídia.

O destempero de Bruno se manifestou na falta de serenidade, constatada por muitos dos que participaram das variadas discussões. Pressionado - e meio histérico - como se os gritos e berros típicos do seu ídolo máximo  fossem capazes de, por um passe de mágica, resolver a questão, Bruno aproveitou a oportunidade e também mostrou despreparo, porque não soube encontrar a solução adequada para o conjunto de questões que envolvem a saída de cena da CSN e trazem riscos para a operação das demais concessionárias, que penam submetidas a uma crise que pode afetar a continuidade das suas atividades, deixando o pobre do usuário na mão. Sem tarifa técnica e sem reequilíbrio dos seus contratos, as demais concessionárias - segundo o Farol apurou - sofrem a espera da boa vontade do prefeito, que condicionou a discussão com as mesmas a solução da questão da CSN, criando um ambiente propício para a extensão da crise.

A imprevidência apareceu no Diário Oficial, em uma estranha declaração de caducidade, - extinção do contrato de concessão - já judicializada pela CSN. A empresa alegou culpa da prefeitura e pediu a rescisão contratual, por isso, a declaração não parece ter grande importância, porque já está submetida ao judiciário. Além disso, tal declaração de caducidade está sujeita a uma estranha regulamentação posterior pela Secretaria de Mobilidade e não foi precedida de processo administrativo específico, o que pode sujeita- la a questionamentos. A essa farofa toda, acrescentem a falta de sensibilidade de Bruno Majestade para resolver os problemas dos trabalhadores e achar que estes iriam abrir mão de seus direitos para se tornarem enREDAdos pelo sisteminha sabido do contrato de 6 meses sem que estes tivessem nenhuma reação, tipo, fazer greve!. Faltou também, a organização prévia capaz de atender a demanda real dos usuários da CSN, uma vez que o inusitado plano de operação apresentado está baseado na utilização dos mini ônibus do Sistema de Transporte Complementar ( STEC ), deslocados das áreas não atendidas pelos ônibus "normais": uma mini solução para um macro problema, mal resolvendo a oferta de transporte para os usuários da área outrora atendida pela CSN e afetando, fortemente a área regularmente atendida pelo STEC. Afinal, UM único STEC não pode ocupar dois espaços no universo, não é mesmo Bruno? Difíceis os próximos dias viu? Para a população e para o nosso  "estagiário" de prefeito!

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