"O povo ouviu o presidente Bolsonaro", diz Badaró ao falar sobre aumento de casos de coronavírus
Médico não comentou as recentes aglomerações causadas pela campanha eleitoral
Foto: Reprodução/ TV Bahia
Mesmo com o aumento dos casos de infecção pelo cororavirus, as pessoas continuam se aglomerando em praias, restaurantes e bares da capital baiana. Na última segunda feira (7), a praia do Farol da Barra ficou lotada de pessoas que faziam samba e se aglomeravam. Segundo o médico infectologista, Roberto Badaró, ao tentar sair do Hospital Espanhol, na Barra em direção ao Hospital Aliança, no bairro do Rio Vemelho, ele levou mais de 30 minutos por causa do alto números de pessoas transitando nas ruas.
Segundo ele, "o povo ouviu o presidente Bolsonaro" e por isso, estão vivendo a vida normalmente como se o coronavírus fosse uma "gripezinha", lotando praias e se aglomerando. No início da pandemia, Bolsonaro se referia ao coronavírus como uma "gripezinha" que não tinha como derruba-lo. O médico não comentou as recentes aglomerações causadas pela campanha eleitoral, onde, os maiores candidatos - Major Denice do PT e Bruno Reis do DEM, fizeram diversos eventos com milhares de pessoas muitas delas sem usar máscara e onde, nem o governador Rui Costa e nem o prefeito ACM Neto, exigiram medição de temperatura e distanciamento social dos participantes.
Ainda segundo Badaró, a segunda onda que já foi admitida por autoridades de estados e municípios do país, não será como a primeira. O especialista informa que ela tem características mais graves, e que vírus sofreu mutações ficando mais parecido com o primeiro coronavírus, que não chegou ao Brasil, e foi responsável por inúmeras mortes na China.
Ainda segundo Badaro, o número de jovens infectados já é superior à primeira onda, quando os idosos eram os mais atingidos.
Também foi anunciado que bares e restaurantes dos bairros do Rio Vermelho e Itapuã devem funcionar apenas até às 17h com reabertura no período da tarde. A medida é valida para os fins de semana.
