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“O que Alcolumbre está fazendo não se faz”, diz Bolsonaro sobre Mendonça no STF

O senador tem travado o processo de indicação do ex-advogado-geral da União André Mendonça para assumir cadeira na Suprema Corte

Por Da Redação
Ás

“O que Alcolumbre está fazendo não se faz”, diz Bolsonaro sobre Mendonça no STF

Foto: Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro disse neste domingo (10) que o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) estaria travando o processo de indicação do pastor presbiteriano André Mendonça para o Supremo Tribunal Federal (STF). 

Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado, Alcolumbre tem sido o principal foco de resistência à escolha de Mendonça. Além de manter o processo e não pautar a sabatina do nome escolhido por Bolsonaro, o senador tem trabalhado contra a indicação do pastor, relatando a interlocutores ter o número de votos necessários para barrar o nome do ex-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU).

No entanto, aliados de Mendonça afirmam que é blefe, e alegam que se Alcolumbre realmente tivesse os votos que diz ter, já teria pautado a sabatina de Mendonça.

“Quem não está permitindo a sabatina é o Davi Alcolumbre, pessoa que eu ajudei na ocasião das eleições. Teve tudo que foi possível durante dois anos comigo e de repente ele não quer o André Mendonça. Quem pode não querer é o plenário do Senado, não é ele. Ele pode votar contra. Agora o que ele está fazendo não se faz. A indicação é minha”, disse Bolsonaro a populares, em Guarujá (SP), onde está passando o feriado prolongado.

“Se ele (Alcolumbre) quer indicar alguém pro STF, pode indicar dois. Se candidata a presidente no ano que vem, em 2023 tem duas vagas (que vão abrir no STF), indica dois”, acrescentou o presidente, se referindo as aposentadorias compulsórias dos ministros Ricardo Lewandowski e Rosa Weber, que vão completar 75 anos em 2023.

Para assumir a cadeira deixada em julho, com a aposentadoria de Marco Aurélio Mello, André Mendonça precisa reunir o apoio de 41 senadores. A votação é secreta. O histórico é favorável às pretensões do pastor: a última vez que o Senado rejeitou um nome indicado para o STF foi em 1894, no governo do marechal Floriano Peixoto.

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