Coronavírus

O uso constante de máscaras pode ser decisivo para se evitar uma segunda onda do coronavírus

Pesquisa britânica fez estudo matemático

Por Da Redação
Ás

O uso constante de máscaras pode ser decisivo para se evitar uma segunda onda do coronavírus

Foto: Foto de Retha Ferguson no Pexels

Um modelo matemático utilizado por cientistas britânicos, concluiu que uma nova onda da pandemia pode ser contida com o uso generalizado de máscaras. Mesmo na comunidade científica existindo quem aponte falhas nesta previsão, a leitura parece muito coerente para a maioria.

De acordo com este estudo matemático, que fez uma simulação com 60 milhões de pessoas, a propagação do vírus cairia do seu índice de reprodução (conhecido como R0) sem a necessidade de medidas de contenção mais extremas caso a população mundial siga usando as máscaras na maioria do tempo. Segundo os autores deste estudo, na ausência de ferramentas mais avançadas, cobrir o rosto daria o tempo necessário para encontrar uma vacina.

Os modelos matemáticos dos cientistas britânicos mostram que a máscara pode ser a primeira linha de defesa contra o coronavírus. No trabalho científico, que usou a população do Reino Unido para a simulação, foram introduzidos dados reais de pessoas infectadas e a taxa de contágio antes de uso de máscaras em doze países europeus. Com estes e outros parâmetros epidemiológicos, a equipe tentou responder à questão: que grau de utilização das máscaras seria necessário para baixar o “R0” para menos de um? Reduzir este número implica o desaparecimento da epidemia mais cedo ou mais tarde.

"As nossas análises apoiam a adoção imediata e universal de máscaras", diz o principal autor do estudo, Richard Stutt. Até agora, este cientista da Universidade de Cambridge modelou a disseminação de doenças entre as hortaliças, um conhecimento que aplicou à atual pandemia humana. "Se combinarmos o uso em massa de máscaras faciais com uma certa distância física e algum grau de confinamento, a pandemia pode ser controlada enquanto as economias se recuperam e muito antes de haver uma vacina eficaz", acrescenta.

Os resultados do estudo, publicados na revista científica Proceedings of Royal Socity A, indicam que, se pelo menos metade da população usar uma máscara em público, a taxa de infeção cairia abaixo de R0=1.

Ainda segundo este estudo, na situação ideal de toda a população colocar a máscara, esse R0 ficaria bem abaixo de 0,5. E uma segunda ou terceira onda do cornavírus seria evitada se o uso de máscaras fosse complementado com confinamentos pontuais e parciais durante pelo menos 18 meses, tempo que a comunidade científica acredita ser suficiente para se obter uma vacina testada com segurança. O problema, como os autores reconhecem, é que estes cenários são uma simulação baseada numa série de suposições.

"Realizar estudos científicos para medir diretamente a eficácia das máscaras é muito complicado", aponta Richard Stutt. "Podemos ver a redução do material expirado por uma pessoa infectada com ou sem máscara, mas o mais difícil é calcular o efeito que isso tem sobre os suscetíveis ao contágio", explica. Para conhecer exatamente os efeitos, os voluntários teriam que ser deliberadamente expostos ao contágio, algo que apresenta dilemas éticos”, finalizou o cientista.

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