O uso de medicamentos para tratar as doenças reumáticas pode atrapalhar a amamentação?
Aos detalhes...
Foto: Divulgação Assessoria
Você sabia que mais de 15 milhões de brasileiros sofrem com doenças reumáticas? Os dados são da Sociedade Brasileira de Reumatologia, que informa a existência de mais de 120 enfermidades que podem levar à incapacidade física do paciente. A boa notícia, de acordo com a reumatologista Ana Teresa Amoedo, uma das diretoras da Novaclin – unidade que integra o Grupo Cita em Salvador, é que existem diversos tratamentos, inclusive medicamentosos, que podem proporcionar maior qualidade de vida em qualquer idade, inclusive durante a amamentação.
“O aleitamento materno é um dos momentos mais importantes e especiais na vida da maioria das mulheres porque é através do leite que é possível nutrir os bebês. Mas vale o alerta: em caso de mulheres que já fazem tratamento medicamentoso contra doenças reumáticas e desejam engravidar, é necessária a orientação e o planejamento prévios junto ao reumatologista. Isso porque alguns remédios podem afetar os bebês e, para isso, existem alternativas, de modo que mãe e recém-nascido fiquem bem e, principalmente, seguros”, reforça Ana Teresa Amoedo.
Ela destaca ainda que, no caso da amamentação em específico, a maioria dos medicamentos podem ser transferidos ao bebê pelo leite, ainda que em pequenas quantidades. “Portanto, é importante haver a conscientização, já que, por falta de informação, muitas mães acabam não amamentando ou abandonando o tratamento medicamentoso durante a lactação por medo”, conta a especialista.
Atenção aos medicamentos
De modo geral, a médica informa que as doenças reumáticas podem provocar dor e inchaço nas articulações. “Para esses sintomas existem remédios que podem ser usados durante a amamentação, como os anti-inflamatórios ibuprofeno, diclofenaco e cetorolaco; e os corticoides prednisolona e prednisona. Por outro lado, existem drogas que são contraindicadas, como ciclofosfamida, metotrexato, micofenolato e ciclosporina”, alerta a reumatologista.
A especialista, porém, faz uma ressalva. “Cada paciente tem sua particularidade e, da mesma forma que essas drogas podem não ter efeitos nocivos para uma pessoa, pode ter para outra. Por isso é de extrema importância haver o diálogo entre reumatologista e paciente. Somente este profissional poderá informar qual a medicação adequada, sua indicação e dosagem”, conclui Ana Teresa Amoedo.