Oceanos registraram novo recorde de temperatura em 2022, diz pesquisa
Além de mais quente, água tem maior índice de salinidade

Foto: Reprodução/Pixabay
Um levantamento feito por cientistas internacionais, publicado no periódico Advances in Atmospheric Science nessa quarta-feira (11), mostra que os oceanos registraram no ano passado as temperaturas mais altas desde o início das medições no ambiente marinho, em 1958. Além das águas mais quentes, o estudo mostrou o aumento da estratificação e mudanças no padrão de salinidade da água, que são sinais ruins para o futuro climático da Terra. A informação é da revista Veja.
Os oceanos cobrem 71% da superfície do planeta e são responsáveis por absorver 90% do excesso de calor gerado pelas emissões de gases de efeito estufa. De acordo com a autora principal do estudo e pesquisadora do Instituto de Física Atmosférica (IAP) da Academia Chinesa de Ciências (CAS), Lijing Cheng, “o aquecimento global continua e se manifesta no calor recorde dos oceanos e em extremos contínuos de salinidade. O índice de salinidade demonstra que as áreas salgadas ficaram ainda mais salgadas, e as áreas frescas ficaram mais frescas e, portanto, há um aumento contínuo da intensidade do ciclo hidrológico”.
A quantidade crescente de calor nos oceanos tem sérias consequências no ambiente, que podem ser percebidas de forma muito mais rápida do que o esperado. Com o aumento da salinidade, há o aumento da estratificação dos oceanos. Isso pode alterar como o calor, o carbono e o oxigênio são trocados entre o oceano e a atmosfera. Essa condição prejudica o equilíbrio entre as dinâmicas do ambiente natural.


