Odebrecht: Empresa vai investigar Marcelo
Ele afirmou, por meio de sua assessoria, que "é mais uma atitude rancorosa e vingativa por parte de Ruy Sampaio"
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Foto: Reprodução/ AFP/Arquivos
A Odebrecht abriu uma análise interna para investigar possíveis delitos cometidos por Marcelo Odebrecht, em meio à briga com o pai, Emílio, e os últimos executivos que comandaram o grupo.
Os resultados das investigações, aberto e realizado pelo escritório Veirano Advogados, devem ser conhecido em até dois meses e serão entregues pelo Ministério Público Federal (MPF) e pelo Departamento de Justiça (DoJ) dos EUA, onde Marcelo firmou acordo de exclusão premiada. Um dos fundamentos da investigação é um documento secreto, assinado pela Odebrecht e Marcelo no dia 16 de novembro de 2016.
Marcelo havia exigido, como contrapartida ao óleo da dedução, receber R$ 143 milhões - além do pagamento total de R$ 73,4 milhões. Deste total de R$ 216,4 milhões, cerca de R$ 70 milhões foram pagos por meio de um título de prevalência (VGBL) emitido pela seguradora Sul América em nome da mulher de Marcelo, Isabela, e de suas três filhas.
Mas pelas regras de exclusão, o colaborador é obrigado a revelar todo o patrimônio, e Marcelo não quis revelar o título de previdência às autoridades. Uma vez que, é configurado violação de exclusão, já que ocorreu uma transferência de recursos para familiares.
Caso a violação seja aprovada, o acordo de delação premiado poderá ser rescindido, o que significa que o delator perde a imunidade frente aos crimes praticados.
Marcelo Odebrecht afirmou, por meio de sua assessoria, que "é mais uma atitude rancorosa e vingativa por parte de Ruy Sampaio (presidente executivo do grupo desde segunda-feira, 16) em retaliação de petição que recém-protocolada na PGR sobre o Refis de Crise e atos de obstrução à justiça. Posso garantir que, da minha parte, não existe nenhuma ilegalidade e ainda será comunicada às autoridades".