Oferta de emprego cresce 73% no primeiro semestre de 2022, aponta pesquisa
Segundo levantamento do Infojobs, o setor de cultura, lazer e entretenimento teve mais oportunidades
Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil
A oferta de empregos no primeiro semestre de 2022 registrou crescimento de 73%, em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo levantamento da Infojobs, empresa de soluções de tecnologia para RH. O setor de cultura, lazer e entretenimento foi o que apresentou mais oportunidades com 72%.
Outras áreas que aparecem com bons resultados são o de recursos humanos (52%), informática, TI e telecomunicações (50%), educação, ensino e idiomas (45%) e hotelaria e turismo (43%). Seguidos por moda, agricultura e pecuária, artes, comércio exterior e interior, e alimentação e gastronomia também aparecem no ranking.
Em comparação dos primeiros seis meses do ano com o último semestre de 2021, o aumento é de 23%.
Para a CEO do Infojobs, Ana Paula Prado, as categorias em ascensão foram as que sofreram queda na oferta de empregos nos últimos anos, causada pelo impacto da pandemia da Covid-19.
"Peguemos como exemplo o setor cultural, que por quase dois anos precisou encontrar formas alternativas de realizar eventos. Shows, peças de teatro e lançamentos de filmes, por exemplo, tiveram que ser adaptados e feitos por meio de lives e transmissões ao vivo, o que, consequentemente, diminui a necessidade de mão de obra. Em contrapartida, com a retomada, a procura por esses profissionais foi enorme", afirma.
Segundo Prado, os números apontam o avanço do mercado de trabalho. "É inegável que ainda estamos enfrentamos desafios e incertezas no mercado de trabalho brasileiro, ainda mais no atual cenário econômico de inflação e juros elevados. Porém, vendo o aumento na oferta de vagas e recuperação de diversos setores, precisamos reconhecer a melhora no quadro de empregabilidade do país", pontua Ana Paula Prado, CEO do Infojobs.
O levantamento do IBGE, divulgado nesta sexta-feira (29), apontou que a taxa de desemprego no país caiu para 9,3% no trimestre encerrado em junho. É o menor patamar para um segundo semestre desde 2015, quando ficou com 8,4%.