OIM aponta que um terço das mortes de migrantes acontecem durante fuga de conflitos
Estudo apontou que são mais de 63 mil mortes e desaparecimentos
Foto: IOM/Eva Sibanda
A Organização Internacional para Migrações (OIM) publicou um relatório apontando que um terço das mortes de migrantes acontecem durante a fuga de conflitos. Ainda de acordo com a pasta, na última década houveram cerca de 63 mil mortes e desaparecimentos documentados durante migração.
No entanto, as identidades dos migrantes desaparecidos são muito incompletas. Entre as principais conclusões do relatório está o alto número de mortes não identificadas. Para a OIM, a situação ressalta a necessidade de uma coleta de dados mais bem coordenada e de processos de identificação para que as famílias afetadas possam se recuperar.
Os dados também apontaram que quase 5,5 mil mulheres morreram em rotas de migração nos últimos 10 anos, e o número de crianças identificadas chega a quase 3,5 mil. A principal causa das mortes seria o afogamento, com mais de 27 mil mortes relacionadas somente no Mediterrâneo.
Até o momento, em 2024, as tendências não são menos alarmantes. Somente no Mediterrâneo, embora as chegadas este ano sejam significativamente menores, cerca de 16 mil, em comparação com o mesmo período em 2023, de mais de 26 mil, o número de mortes é quase tão alto quanto no ano passado.
Segundo a OIM, um número cada vez maior de iniciativas e instrumentos globais, regionais e nacionais defendem ações para os migrantes desaparecidos. Os dados do Projeto Migrantes Desaparecidos são usados como uma forma de mensurar a meta de migração segura da Agenda 2030.