Oito estados brasileiros registram queda na taxa do desemprego no 2º trimestre, diz IBGE
O resultado foi uma taxa de 8% no trimestre encerrado em junho, o menor para o período desde 2014
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
A queda da taxa de desocupação do país no segundo trimestre deste ano foi acompanhada por apenas oito unidades federativas, enquanto as demais permaneceram estáveis, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Trimestral, divulgada nesta terça-feira (15), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o instituto, houve queda em quatro regiões, com exceção do Sul, que também ficou estável.
O IBGE já havia divulgado, no dia 28 de julho, que o desemprego no segundo trimestre atingiu 8%, o menor resultado para o período desde 2014. É uma redução de 0,8 ponto percentual frente ao trimestre anterior (8,8%), de janeiro a março.
As unidades da federação com maior redução na taxa de desocupação foram Distrito Federal, que passou de 12,0% para 8,7%, e o Rio Grande do Norte, de 12,1% para 10,2%. As demais foram São Paulo, Ceará, Minas Gerais, Maranhão, Pará e Mato Grosso.
Mesmo com a desocupação em queda (-0,9 ponto), o Nordeste (11,3%) segue com o maior percentual entre as regiões. Todos os estados nordestinos têm taxas maiores do que a média nacional. Pernambuco tem o maior índice do país, com 14,2%, seguido por Bahia (13,4%).
Dezesseis estados registraram taxas de informalidade maiores do que a média nacional (39,2%): todos são do Norte ou do Nordeste. Nesse indicador, os maiores percentuais vieram do Pará (58,7%), Maranhão (57,0%) e Amazonas (56,8%). Por outro lado, as menores taxas foram de Santa Catarina (26,6%), Distrito Federal (31,2%) e São Paulo (31,6%).
No país, cerca de 73,3% dos empregados do setor privado do país tinham carteira de trabalho assinada. Os menores percentuais também estavam no Nordeste (59,1%) e no Norte (58,4%), com destaque para Maranhão (49,3%), Pará (51,5%) e Tocantins (53,5%).
A proporção era muito menor no trabalho doméstico: apenas 25,5% tinham carteira assinada no país. No Sudeste, região com o maior número de trabalhadores domésticos (2,7 milhões), quase 70% deles eram informais.
No segundo trimestre, o percentual de ocupados trabalhando por conta própria foi de 25,5%. As maiores concentrações estavam em Rondônia (37,8%), Amazonas (32,3%) e Amapá (31,7%), enquanto as menores estavam no Distrito Federal (19,9%), Tocantins (20,7%) e Goiás (21,7%).