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Oito pessoas são denunciadas por homicídio triplamente qualificado por incêndio em hospital no Rio

Mais de 15 pessoas morreram por asfixia

Por Da Redação
Ás

Oito pessoas são denunciadas por homicídio triplamente qualificado por incêndio em hospital no Rio

Foto: Divulgação/MP-RJ

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou oito pessoas por homicídio triplamente qualificado com agravantes, pelo incêndio no que matou 17 pacientes internados no Hospital Badim, em 2019. Os dois diretores e quatro funcionários da unidade de saúde estão entre os denunciados. 

Segundo a denúncia, o incêndio iniciou por causa de uma anomalia do funcionamento do motor de partida do gerador, abastecido por um sistema de armazenamento de óleo diesel.

De acordo com o Ministério Público, a instalação do equipamento, não obedeceu às normas técnicas vigentes de segurança. Entre as irregularidades estaria "grande quantidade de combustível irregularmente acondicionado em cinco tanques de polietileno, quando as normas técnicas indicam a utilização de tanques de metal".

Além disso, os geradores operavam todos os dias nos horários de pico de demanda com o intuito de economizar energia, o que estava em desacordo com o projeto inicial.

O produto inflamável criou uma fumaça tóxica que se espalhou rapidamente. As 17 mortes ocorreram em função da inalação de gases tóxicos pelas vítimas.

Devido as circunstâncias, além de homicídio, os denunciados irão responder pelas qualificadoras de motivo torpe, uma vez que adequações previstas em lei não foram realizadas com o objetivo de reduzir o custo operacional. E as vítimas, que estavam em situação de vulnerabilidade, foram cometidas por meio cruel, mortas por asfixia, sepse com foco pulmonar, broncopneumonia e queimaduras de vias aéreas superiores.

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