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Óleo ainda aparece Bahia após vazamento em 2019 e causa desequilíbrio ambiental

Biólogos revelam queda de 80% da biodiversidade

Por Da Redação
Ás

Óleo ainda aparece Bahia após vazamento em 2019 e causa desequilíbrio ambiental

Foto: João Arthur/Tamar

Os danos provocados pelo vazamento de óleo que atingiu o litoral brasileiro no ano passado foram estudados por biólogos que mapearam a biodiversidade marinha na Bahia e revelaram uma queda de 80% da biodiversidade por metro quadrado nas praias.

Na praia de Itacimirim, litoral norte da Bahia, é possível ainda ver as pequenas manchas pretas na areia. Este ano, o óleo voltou a aparecer em Morro de São Paulo, Salvador e no litoral norte baiano, área mais atingida no estado, gerando um desequílibro ambiental.

“Essa quantidade de algas está aumentando porque as pinaúnas desapareceram do recife. Essa era uma área que tinha bastante pinaúna e elas se alimentam dessa alga. Então na ausência dessa pinaúna que acontece a água começa a começar a se proliferar e começa a ocupar o espaço de outros organismos”, explica o diretor do Instituto de Biologia da UFBA, Francisco Kelmo.

Segundo o biólogo, as manchas trarão uma redução de espécies e redução também na quantidade de animais vivos por metro quadrado de praia, o que representa uma queda de 80% na biodiversidade.

“Ao longo prazo, o animal que foi contaminado mas não morreu, ele sofre os efeitos biológicos dessa contaminação. E uma das coisas que o corpo dos animais faz, dos seres vivos faz, quando ele está sob algum tipo de estresse, interrompe o período reprodutivo. Então ao interromper o período reprodutivo, simplesmente a gente tem a diminuição aí gradativa e continuada da morte, do desaparecimento dos animais das nossas praias”, afirma.

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