Olivia Santana reforça a importância de Salvador ser representada por uma mulher negra
Candidata à prefeitura de Salvador participou de sabatina do Uol
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A candidata à prefeitura de Salvador, Olívia Santana (PCdoB), participou, nesta quarta-feira (14), de uma sabatina realizada pelo UOL, em parceria com a Folha de S.Paulo. Durante a sabatina, a candidata falou sobre a importância de Salvador ter um representante negro. Segundo ela, essa experiência nunca aconteceu. “Uma cidade com 471 anos que nunca foi governada por uma pessoa negra. Somente na época da ditadura teve a indicação de Edvaldo Brito, que foi um prefeito biônico”, disse.
“Nós do partido entendemos que em tempos democráticos é importante estabelecer uma ruptura dessa situação de total invisibilidade da população negra no comando de uma cidade com as características que Salvador tem”, completou.
O apresentador João Pedro Pitombo perguntou a candidata se, na visão dela, o governador da Bahia, Rui Costa, erra ao se engajar na campanha da também candidata prefeitura de Salvador, Major Denice (PT), no primeiro turno. De acordo com Olívia Santana, o governador foi eleito através de uma coalizão de forças políticas e “nós do (PCdoB) fazemos parte dessa força”.
“Todos os candidatos da base ajudaram a eleger o governador Rui Costa. Ele esteve presente na nossa convenção e nós estamos fazendo os gestos que precisam ser feitos de abertura do nosso palanque, do nosso espaço, para que ele também participe. O governador é o líder dentro de um campo de forças e não só apenas do seu partido. Entendo todo o trabalho que ele vem fazendo na campanha ‘da Major do Partido dos Trabalhadores’ , mas entendendo também que é necessário ter um olhar mais largo para garantir essa presença nas demais candidaturas”, disse.
Durante a sabatina, Olívia falou ainda sobre o apoio do Partido Progressista (PP) a candidatura dela. “Estou muito à vontade com essa aliança local entendo que ela faz parte de uma trajetória de construção política vitoriosa na Bahia e que será vitoriosa também na cidade de Salvador”.
O apresentador questionou a aproximação do (PP) com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). “Acontece que nós estamos em uma disputa para alterar essa quadra do poder. O que acontece é que o (PP) tem movimentos nacionais e tem cumprido o seu papel de enfrentamento ao atual presidente e ao conjunto de forças políticas que apoiam o presidente. Nós temos trabalhado para estabelecer rupturas e alterar essa plano nacional”, afirmou.