Coronavírus

Ômicron avança pelo mundo e só vacina não resolve, afirma Tedros Adhanom

O diretor-geral da OMS ressaltou que é preciso fazer a adoção de todas as medidas de combate ao vírus

Por Da Redação
Ás

Ômicron avança pelo mundo e só vacina não resolve, afirma Tedros Adhanom

Foto: Getty Images

A nova variante do coronavírus, a Ômicron, está cada vez mais se propagando pelo mundo, após ter sido detectada pela primeira vez há menos de um mês. 

O Reino Unido está apostando na efetividade da vacina, acelerando a campanha para aplicar a terceira dose da vacina contra a Covid-19 em todos os adultos elegíveis até o final de dezembro, para sair da crise. 

Enquanto isso, na África do Sul, os pesquisadores afirmam que os primeiros dados sugerem que a Ômicron causa sintomas mais leves – mas ainda não está claro o papel desempenhado pela imunidade graças à vacinação ou infecção anterior.

Já a Dinamarca está considerando impor novas restrições na tentativa de controlar o aumento de novos casos.

Tarde para evitar

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse em uma coletiva de imprensa na terça-feira (14) que 77 países já relataram casos da variante e “a realidade é que a Ômicron provavelmente está na maioria dos países, mesmo que ainda não tenha sido detectada”. Ou seja, as várias restrições de viagens impostas pelas nações, não impediu que a nova cepa se espalhasse pelo globo.

“A Ômicron está se espalhando a uma taxa que não vimos em nenhuma variante anterior”, afirmou. “Estamos preocupados que as pessoas estejam tratando a Ômicron como sendo suave. Já aprendemos que subestimamos esse vírus por nossa conta e risco”, completou Adhanom. Ele ainda acrescentou que, mesmo a nova variante não causando graves sintomas, o grande número de casos pode mais uma vez sobrecarregar os sistemas de saúde despreparados”.

“Imagino que a Ômicron estará em todos os lugares em breve”, disse Michael Head, pesquisador sênior em saúde global da Universidade de Southampton, na Inglaterra, à CNN. “E haverá muita Ômicron na maioria dos países que ainda não a detectaram, em parte porque os sistemas de teste e as capacidades genômicas podem ser limitados”.

Linhagem dominante

Os primeiros dois casos da variante Ômicron foram detectados no Reino Unido em 27 de novembro. Na terça-feira (14), ela havia ultrapassado a Delta como a cepa dominante nos casos de Covid-19 em Londres, segundo a Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido.

No mesmo dia, o secretário de Saúde do Reino Unido, Sajid Javid, disse que os casos de Ômicron estavam dobrando a cada dois dias no país, acrescentando que “o crescimento de casos de Ômicron aqui no Reino Unido reflete o rápido aumento que estamos vendo na África do Sul”.

Na sexta-feira (17), o Reino Unido relatou 93.045 novos casos de coronavírus, de acordo com dados do governo – o maior número diário desde o início da pandemia. A África do Sul também registrou o maior número de casos diários dois dias antes.

A chefe da Comissão da UE, Ursula von der Leyen, afirmou aos parlamentares em Bruxelas que a variante Ômicron será a dominante no bloco de 27 nações em meados de janeiro. O  Centro Europeu para Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) alertou, em sua última avaliação de risco, publicada na quarta-feira (15), que havia um risco “muito alto” de que a variante se espalhasse ainda mais na região, acrescentando que “é muito provável que cause internações e mortes adicionais”, além daquelas já previstas da variante Delta.

Doença mais branda?

Um estudo divulgado na terça-feira pela Discovery Health ( grande seguradora de saúde na África do Sul que atende 3,7 milhões de pessoas) descobriu que as vacinas fornecem menos proteção contra a nova cepa. Ele também deu indicações de que a Ômicron causa sintomas mais leves do que as variantes anteriores.

Mas essa confiança não é compartilhada por todos. O diretor médico da Inglaterra (equivalente ao ministro da Saúde), Chris Whitty, alertou que os registros de casos diários de Covid-19 do Reino Unido “baterão recordes nas próximas semanas, à medida que as taxas continuam a subir”, e que isso se traduzirá em “grandes números” de pessoas necessitando de tratamento hospitalar no próximas semanas.

“Quero deixar claro: receio que isso seja um problema”, disse Whitty na quarta-feira. “As proporções exatas disso, é claro, cientistas sul-africanos, cientistas do Reino Unido e cientistas de todo o mundo estão tentando determinar no momento”.

 

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