Ômicron: reforço da Pfizer aumenta proteção em crianças de 5 a 11 anos
Em relação ao SARS-CoV-2 original, o aumento foi de seis vezes

Foto: Geovana Albuquerque/Agência Saúde DF
Um grupo de empresas informou que o reforço com a vacina Pfizer/BioNTech, contra a Covid-19, aumenta a proteção contra a variante Ômicron em crianças de 5 a 11 anos e vai solicitar a autorização de uso emergencial da dose adicional para a Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos, e apresentar os dados para unidades de outros países, como a Agência Europeia de Medicamentos (EMA), nos próximos dias.
Segundo informações da Veja, a subanálise de 30 soros imunológicos obtidos pelo sangue de um estudo de fase 2/3 com 140 crianças sem comorbidades, apresentada na última quinta-feira (14), afirmou que o imunizante aumentou em 36 vezes os títulos de anticorpos neutralizantes em relação aos níveis alcançados com o esquema inicial, com duas doses. Em relação ao SARS-CoV-2 original, o aumento foi de seis vezes.
A partir do ensaio clínico, as crianças receberam o reforço cerca de seis meses após a segunda dose. Além disso, a proteção foi observada independentemente de infecção anterior pelo vírus. “Esses dados reforçam a potencial função de uma terceira dose da vacina na manutenção de altos níveis de proteção contra o vírus nessa faixa etária”, informaram, em nota conjunta, as empresas.
No território brasileiro, o imunizante da Pfizer foi autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para aplicação em crianças de 5 a 11 anos em 16 de dezembro de 2021. Entretanto, a primeira dose só foi aplicada em 14 de janeiro, após uma série de atrasos gerados pela gestão de Jair Bolsonaro (PL).